PRÁTICA REGULAR DO FUTEBOL: O ALTO RENDIMENTO DESTE ESPORTE ESTÁ ASSOCIADO A DANOS GENÉTICOS?
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v7i1.1186Palavras-chave:
Futebol, Dano ao DNA, Radicais Livres, Medicina Física e Reabilitação.Resumo
Introdução: Estudos apontam que os exercícios físicos de intensidade moderada, especialmente os de endurance, têm efeito preventivo nas doenças cardiovasculares. Em contraposição, outros estudos mostram que o exercício quando praticado em alta intensidade induz à ocorrência de danos genéticos, os quais, por sua vez, associam-se ao processo de transformação maligna. Objetivo: Testar a hipótese de que atletas de futebol apresentam ocorrência de danos cromossômicos com maior aparecimento de micronúcleos, comparados com indivíduos sedentários ou praticantes de exercício físico não profissional. Métodos: A amostra analisada incluiu exclusivamente indivíduos do sexo masculino, de 18 a 38 anos, não fumantes, distribuídos em três grupos: Grupo I, formado por atletas de futebol, integrantes de um mesmo clube, submetidos à prática intensa de exercícios físicos; Grupo II, constituído por alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana, matriculados no Programa de Exercício Físico do Laboratório de Atividade Física; e Grupo III, formado por indivíduos de hábitos sedentários. Resultados: Um total de 52.000 células foram analisadas. A análise das diferenças entre as médias de micronúcleos calculadas, feita com o uso da análise de variância, com um critério de classificação, não revelou diferença significante entre os grupo estudados (F2,49=0,11; p=0,88). Conclusão: Em conclusão, nosso estudo mostrou que a prática do futebol por atletas profissionais de alta intensidade não acarreta em danos ao DNA.
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