A resistência do fluxo inspiratório modifica a intensidade de uma sessão de pilates?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2023.e5124

Palavras-chave:

Técnicas de Exercício e de Movimento, Limiar Anaeróbio, Exercícios Respiratórios, Método Pilates

Resumo

INTRODUÇÃO: As evidências sobre a melhora da capacidade funcional utilizando o Método Pilates não são contundentes. Uma possibilidade de melhorar o efeito de uma sessão de Pilates sobre a capacidade cardiorrespiratória de seus praticantes é utilizar a resistência de fluxo inspiratório (RFI) de forma concomitante. Esse efeito pode ser visualizado através da determinação do limiar glicêmico (LG), técnica utilizada como marcador de intensidade do exercício. OBJETIVO: Testar a hipótese de que a utilização de RFI em uma sessão de pilates antecipa o LG. MÉTODOS: Estudo crossover de corte transversal. Foram avaliados 26 indivíduos de ambos os sexos, sendo 10 do sexo masculino, sadios e com idade entre 20 e 40 anos. Os voluntários foram randomizados para dois protocolos: Protocolo RFI – 11 movimentos do Método Pilates com RFI utilizando 20% da pressão inspiratória máxima; e Protocolo sem RFI (SRFI) – 11 movimentos do Método Pilates sem RFI. Os dois protocolos foram realizados no mesmo dia, sendo um pela manhã e outro à tarde, conforme randomização feita por sorteio aleatório simples. No repouso e ao final de cada movimento coletas de sangue capilar foram realizadas para dosagem da glicemia e construção da curva glicêmica. O LG foi determinado no menor ponto da curva. RESULTADOS: O LG foi antecipado no protocolo que utilizou RFI, ou seja, no protocolo com RFI o LG foi visualizado no sexto exercício, enquanto no protocolo SRFI o LG foi visualizado no nono exercício (p<0,05). CONCLUSÃO: A RFI antecipou o LG, o que sugere que a RFI aumenta a intensidade de uma sessão de pilates. Isso aventa a hipótese de que a RFI pode proporcionar a médio e longo prazo benefícios adicionais aos praticantes do Método Pilates.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

(1) Dall’Ago P, Chiappa GRS, Guths H, Stein R, Ribeiro JP. Inspiratory muscle training in patients with heart failure and inspiratory muscle weakness: a randomized trial. J Am Coll Cardiol. 2006;47(4):757-63. https://doi.org/10.1016/j.jacc.2005.09.052

(2) HajGhanbari B, Yamabayashi C, Buna TR, Coelho JD, Freedman KD, Morton TA, et al. Effects of respiratory muscle training on performance in athletes: a systematic review with meta-analyses. J Strength Cond Res. 2013;27(6):1643-63. https://doi.org/10.1519/jsc.0b013e318269f73f

(3) Guclu-Gunduz A, Citaker S, Irkec C, Nazliel B, Batur-Caglayan HZ. The effects of Pilates on balance, mobility and strength in patients with multiple sclerosis. NeuroRehabilitation. 2014;34(2):337-42. https://doi.org/10.3233/nre-130957

(4) Cruz-Ferreira A, Fernandes J, Laranjo L, Bernardo LM, Silva A. A systematic review of the effects of Pilates method of exercise in healthy people. Arch Phys Med Rehabil. 2011;92(12):2071-81. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2011.06.018

(5) Francisco CO, Fagundes AA, Gorges B. Effects of Pilates method in elderly people: Systematic review of randomized controlled trials. J Bodyw Mov Ther. 2015;19(3):500-8. https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2015.03.003

(6) Alvarenga GM, Charkovski SA, Santos LK, Silva MAB, Tomaz GO, Gamba HR. The influence of inspiratory muscle training combined with the Pilates method on lung function in elderly women: A randomized controlled trial. Clinics. 2018;73:e356. https://doi.org/10.6061/clinics/2018/e356

(7) Simões HG, Campbell CSG, Baldissera V, Denadai BS, Kokubum E. Determinação do limiar anaeróbio por meio de dosagens glicêmicas e lactacidêmicas em testes de pista para corredores. Rev Paul Educ Física. 1998;12(1):17-30. https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.1998.139529

(8) Oliveira JC, Baldissera V, Simões HG, Aguiar AP, Azevedo PHSM, Poian PAFO, et al. Identification of the lactate threshold and the blood glucose threshold in resistance exercise. Rev Bras Med Esporte. 2006;12(6):298-302. https://doi.org/10.1590/S1517-86922006000600007

(9) Xavier HT, Izar MC, Faria Neto JR, Assad MH, Rocha VZ, Sposito AC, et al. V Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose. Arq Bras Cardiol. 2013:101(4 suppl 1). https://doi.org/10.5935/abc.2013S010

(10) Badr C, Elkins MR, Ellis ER. The effect of body position on maximal expiratory pressure and flow. Aust J Physiother. 2002;48(2):95-102. https://doi.org/10.1016/s0004-9514(14)60203-8

(11) Souza KTM, Casa Júnior AJ, Araújo CV, Glusczak L. Acute effects of the Pilates method on blood glucose levels. Rev Bras Fisiol Exerc. 2021;10(4):197-204. https://doi.org/10.33233/rbfe.v10i4.3446

(12) Washino S, Mankyu H, Kanehisa H, Mayfield DL, Cresswell AG, Yoshitake Y. Effects of inspiratory muscle strength and inspiratory resistance on neck inspiratory muscle activation during controlled inspirations. Exp Physiol. 2019;104(4):556-67. https://doi.org/10.1113/ep087247

(13) Lessa TB, Abreu DK, Bertassoli BM, Ambrósio CE. Diaphragm: A vital respiratory muscle in mammals. Ann Anat. 2016;205:122-27. https://doi.org/10.1016/j.aanat.2016.03.008

(14) Huang S, Czech MP. The GLUT4 glucose transporter. Cell Metab. 2007;5(4): 237-52. https://doi.org/10.1016/j.cmet.2007.03.006

(15) Dempsey JA, Romer L, Rodman J, Miller J, Smith C. Consequences of exercise-induced respiratory muscle work. Respir Physiol Neurobiol. 2006;151(2-3):242-50. https://doi.org/10.1016/j.resp.2005.12.015

(16) Harms CA, Wetter TJ, McClaran SR, Pegelow DF, Nickele GA, Nelson WB, et al. Effects of respiratory muscle work on cardiac output and its distribution during maximal exercise. J Appl Physiol. 1998;85(2):609-18. https://doi.org/10.1152/jappl.1998.85.2.609

(17) Richter EA, Hargreaves M. Exercise, GLUT4, and skeletal muscle glucose uptake. Physiol Rev. 2013;93(3):993-1017. https://doi.org/10.1152/physrev.00038.2012

(18) Souza C, Krüger RL, Schmit EFD, Wagner Neto ES, Reischak-Oliveira Á, Sá CKC, et al. Cardiorespiratory Adaptation to Pilates Training. Res Q Exerc Sport. 2021;92(3):453-59. https://doi.org/10.1080/02701367.2020.1749222

(19) Tinoco-Fernández M, Jiménez-Martín M, Sánchez-Caravaca MA, Fernández-Pérez AM, Ramírez-Rodrigo J, Villaverde-Gutiérrez C. The Pilates method and cardiorespiratory adaptation to training. Res Sports Med. 2016;24(3):281-6. https://doi.org/10.1080/15438627.2016.1202829

(20) Craighead DH, Heinbockel TC, Freeberg KA, Rossman MJ, Jackman RA, Jankowski LR, et al. Time-Efficient Inspiratory Muscle Strength Training Lowers Blood Pressure and Improves Endothelial Function, NO Bioavailability, and Oxidative Stress in Midlife/Older Adults With Above-Normal Blood Pressure. J Am Heart Assoc. 2021;10(13):e020980. https://doi.org/10.1161/jaha.121.020980

Publicado

08.12.2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Petto J, de Oliveira AM, do Sacramento M de S, Souza PES, Cerqueira DGL do ES, Moreira PHS, et al. A resistência do fluxo inspiratório modifica a intensidade de uma sessão de pilates?. Rev Pesq Fisio [Internet]. 8º de dezembro de 2023 [citado 19º de novembro de 2024];13:e5124. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/5124

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>