O Xamanismo da Psicologia
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i3.3827Palavras-chave:
Xamanismo, Colonialismo, História, Prática Psicológica.Resumo
INTRODUÇÃO: O Xamanismo está presente na humanidade desde o período Paleolítico, muitos recursos do campo psicológico dialogam implícita ou explicitamente com esta tradição: a hipnose, o efeito placebo, a interpretação dos sonhos, técnicas meditativas de visualização, relaxamento e dramatização, a catarse e o manejo de sentido e simbolismo nas doenças e eventos da vida são exemplos. OBJETIVO: Reconhecer a presença do xamanismo e seus saberes afins à psicologia, visibilizando suas contribuições na atualidade. MÉTODO: Trata-se de um estudo teórico com base uma revisão bibliográfica narrativa. RESULTADOS: Procuramos reconhecer o xamanismo da psicologia partindo de uma crítica descolonial da história da psicologia e do xamanismo. Em seguida, destacamos algumas traduções epistemológicas que ajudam no reconhecimento do xamanismo na atualidade: a ideia de especialidade biológica; a noção de tecnologias do sagrado; bem como a incorporação da meditação e dos psicodélicos como inovação “psi”. CONCLUSÃO: Apresentamos três importantes considerações: a validade do xamanismo pela ciência não deve ser baliza de seu mérito; a psicologia deve construir uma reflexividade ética para não atuar como colonizadora do xamanismo e, por fim, reconhecer o xamanismo da psicologia permite reconhecer o próprio campo no qual é agente.
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