Grupo centrado: experiência com mulheres na vivência do ciclo gravídico puerperal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2024.e5377

Palavras-chave:

Parto Humanizado, Sistema Único de Saúde, Psicologia Humanista, Abordagem Centrada na Pessoa, Grupo Centrado

Resumo

OBJETIVO: Compreender experiência de grupo orientado pela Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) com mulheres que vivenciam o ciclo gravídico puerperal, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). MÉTODO: Pesquisa qualitativa, de inspiração fenomenológica, e utilização do referencial da ACP como norteador do estudo. As informações foram coletadas por meio de grupo, em quatro encontros presenciais nos meses de maio e junho de 2022, utilizando-se dos instrumentos Versão de Sentido (VS's) e Entrevista Fenomenológica (EF), sendo as informações organizadas em Eixos de Sentido e compreendidas a partir das premissas da ACP em diálogo com estudos vinculados às temáticas emergidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os Eixos elaborados a partir das VS’s evidenciaram aspectos e tendências típicas do desenvolvimento de grupo fundamentado pela ACP; descreveram o grupo como espaço de acolhimento e liberdade experiencial, no qual se facilitou a expressão de vivências significativas relacionadas à gestação, parto e puerpério; apresentaram, ainda, o sentido de que a experiência grupal constituiu-se como promotora de trocas e apoio mútuo, de desenvolvimento e aprendizagens significativas. Os Eixos formulados com base na EF revelaram que as mulheres compreenderam a participação no grupo como uma experiência positiva, que propiciou cuidado aos aspectos emocionais, impulsionando autoconhecimento e desenvolvimento; e facilitadora de mudanças construtivas na vivência da maternidade. CONCLUSÃO: O estudo demonstrou a viabilidade de grupo centrado na assistência integral à saúde da mulher no período gravídico puerperal, e as convergências entre os princípios da ACP e os que orientam a prática na assistência do SUS.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abreu, C. S. (2019). Gestar autonomia na preparação para o parto: grupo como estratégia da abordagem centrada na gestante [Gestionar la autonomía en la preparación al parto: el grupo como estrategia para un enfoque centrado en la gestante] [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Mato Grosso]. Repositório da Universidade Federal de Mato Grosso. http://ri.ufmt.br/handle/1/3776

Abreu, C. S., Magalhães, F. C., & Delmondes, P. T. (2021). Narrativas sobre atenção psicológica e humanização do parto e nascimento [Narrativas sobre la atención psicológica y la humanización del parto y el nacimiento]. Revista Sociais e Humanas, 34(2), 9–32. https://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/64240

Amatuzzi, M. M. (2009). Psicologia fenomenológica: uma aproximação teórica humanista [Psicología fenomenológica: un enfoque teórico humanista]. Estudos de psicologia, 26(1), 93–100. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2009000100010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2009000100010

Amatuzzi, M. M. (2019). Por uma psicologia humana [Por una psicología humana ] (5a ed.). Alínea.

Arrais, A. R., & Araújo, T. C. C. F. (2016). Pré-Natal Psicológico: perspectivas para atuação do psicólogo em Saúde Materna no Brasil [Prenatal Psicológico: perspectivas para el papel del psicólogo en la Salud Materna en Brasil]. Revista da SBPH, 19(1), 103–116. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582016000100007&lng=pt&nrm=iso DOI: https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.19.413

Arrais, A. R., Mourão, M. A., Fragalle, B. (2014). O pré-natal psicológico como programa de prevenção à depressão pós-parto [Atención psicológica prenatal como programa de prevención de la depresión posparto]. Saúde e Sociedade, 23(1), 251–264. https://doi.org/10.1590/S0104-12902014000100020 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902014000100020

Barros, M. N. S. (2015). Reconfigurando um modo de ver o parto [Reconfigurando una forma de ver el parto] [Tese de doutorado, Universidade Federal Fluminense]. http://slab.uff.br/wp-content/uploads/sites/101/2021/06/2015_t_Monalisa.pdf

Belém, D. (2000). Abordagem Centrada na Pessoa: Psicoterapia de Grupo, Grupos de Encontro, Grandes Grupos e Comunidades [Enfoque centrado en la persona: psicoterapia de grupo, grupos de encuentro, grupos grandes y comunidades]. In D. Belém (Org.), Carl Rogers: do diagnóstico à abordagem centrada na pessoa (pp. 155–168). Bagaço.

Coppe, A. A. F. (2001). A vivência em grupos de encontro: um estudo fenomenológico de depoimentos [La experiencia en grupos de encuentro: un estudio fenomenológico de los testimonios] [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. https://apacporgbr.wordpress.com/diversos/artigos/a-vivencia-em-grupos-de-encontro-um-estudo-fenomenologico-de-depoimentos/

Correia, K. C. R., & Moreira, V. (2016). A experiência vivida por psicoterapeutas e clientes em psicoterapia de grupo na clínica humanista-fenomenológica: uma pesquisa fenomenológica [La experiencia vivida de psicoterapeutas y clientes en psicoterapia de grupo en la clínica humanístico-fenomenológica: una investigación fenomenológica]. Psicologia USP, 27(3), 531–541. https://doi.org/10.1590/0103-656420140052 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-656420140052

Delmondes, P. T. (2020). Psicologia e humanização do parto e nascimento: processo contínuo do crescimento de gestantes [Psicología y humanización del parto y nacimiento: proceso continuo de crecimiento de la gestante] [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Mato Grosso]. Repositório da UFMT. http://ri.ufmt.br/handle/1/2956

Giorgi, A., & Sousa, D. (2010). Método Fenomenológico de investigação em psicologia [Método fenomenológico de investigación en psicologia]. In A. Giorgi & D. Sousa, Método Fenomenológico de investigação em psicologia (pp. 70–135). Fim de Século.

Keunecke, A. L., Polido, C. A., Rabello Neto, D. L., Rattner, D., Silva, J. A., Horta, J. C. A., Ventura, K., Vilela, M. E. A., Borem, P., Jones, R. H., Diniz, S. G., Venancio, S. I., Lansky, S., & Toma, T. S. (2021). Assistência ao parto e nascimento: uma agenda para o século 21 [Asistencia al parto y al nacimiento: una agenda para el siglo XXI] (1a ed.). UNICEF, ReHuNa. https://www.unicef.org/brazil/media/17491/file/assistencia-ao-parto-e-nascimento-uma-agenda-para-o-seculo-21.pdf

Lorenzo, P. F., & Olza, I. (2020). Psicología del embarazo (1a ed.). Editorial Síntesis.

Maldonado, M. T. (2013). Psicologia da gravidez [Psicología del embarazo]. Editora Jaguatirica Digital.

Matos, G. C., Demori, C. C., Escobal, A. P. L., Soares, M. C., Meincke, S. M. K., & Gonçalves, K. D. (2017). Grupos de gestantes: espaço para humanização do parto e nascimento [Grupos de gestantes: espacio para humanizar el parto y el nacimiento]. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 9(2), 393–400. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i2.393-400 DOI: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i2.393-400

Minayo, M. C. S. (2009). O desafio da pesquisa social [El desafío de la investigación social]. In M. C. S. Minayo, & S. F. Deslandes, & R. Gomes (Org.), Pesquisa social: teoria, método e criatividade (28a ed.). Vozes.

Ministério da Saúde. (2002). Programa de Humanização do Parto: humanização no pré-natal e nascimento [Programa de Humanización del Parto: humanización en la atención prenatal y del parto]. Secretaria de Atenção à Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto.pdf

Ministério da Saúde. (2006). Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada [Atención prenatal y posparto: atención calificada y humanizada]. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Área Técnica de Saúde da Mulher. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf

Ministério da Saúde. (2012). Atenção ao pré-natal de baixo risco [Atención prenatal de bajo riesgo]. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf

Ministério da Saúde. (2014). Humanização do parto e do nascimento [Humanización del parto y nacimiento]. Universidade Estadual do Ceará. https://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_parto.pdf

Moreira, V. (2010). Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa [Revisando las fases del enfoque centrado en la persona]. Estudos de Psicologia, 27(4), 537-544. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2010000400011 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2010000400011

Organização Mundial da Saúde. (2016). Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez [Recomendaciones de la OMS sobre atención prenatal para una experiencia positiva del embarazo]. Department of Reproductive Health and Research. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/250800/WHO-RHR-16.12-por.pdf

Reis, A. C. E., & Conterno, S. F. R. (2020). O cenário do nascimento: desapropriação e dominação do corpo feminino [El escenario del parto: despojo y dominación del cuerpo feminino]. In A. S. F. Soares, A. C. Martelli, & D. A. Garcia (Org.), Gêneros e sexualidades: em tempos de (re)existência (pp. 147–167). Pedro & João Editores.

Resolução nº 466/2012, de 12 de dezembro de 2012. (2012). Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos [Aprueba lineamientos y normas regulatorias para investigaciones con seres humanos]. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Resolução Nº 510, de 7 de abril de 2016. (2016). Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (CHS) [Establece las normas aplicables a la investigación en Ciencias Humanas y Sociales (CHS)]. https://conselho.saude.gov.br/images/comissoes/conep/documentos/NORMAS-RESOLUCOES/Resoluo_n_510_-_2016_-_Cincias_Humanas_e_Sociais.pdf

Rogers C. R. (1977). Aprender a ser livre [Aprender a ser libre]. In C. R. Rogers, & B. Stevens, De pessoa para pessoa: O problema do ser humano, uma nova tendência em psicologia (2a ed.). Pioneira.

Rogers, C. R. (1970). Grupos de Encontro [Grupos de reunión]. Martins Fontes.

Rogers, C. R. (1983). Um Jeito de Ser [Una forma de ser]. EPU.

Rogers, C. R. (2009). Tornar-se pessoa [Conviértete en una persona] (6a ed.) Martins Fontes.

Rogers, C. R., & Kinget, G. M. (1977). Psicoterapia e relações humanas: Teoria e prática da terapia não diretiva [Psicoterapia y relaciones humanas: Teoría y práctica de la terapia no directiva] (2a ed. Vol. 1,). Interlivros.

Sales, D. C., & Magalhães, F. C. (2018). Pesquisa Participante na preparação ao parto: Abordagem Centrada na Pessoa e a humanização do parto [Participante Investigación en preparación al parto: Enfoque centrado en la persona y humanización del parto]. Atas do 7º Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa em Saúde, 2, 906–915. https://ludomedia.org/publicacoes/livro-de-atas-ciaiq2018-vol-3-ciencias-sociais/

Santos, K. O., Aguiar, M. M., Barros, M. N. S., Carvalho, F., Puccia, M. I. R., & Pereira, A. T. (2022). A versão brasileira do Questionário sobre a Experiência de Parto - CEQ-2BR: adaptação, validação e confiabilidade [La versión brasileña del Cuestionario sobre la Experiencia en el Parto - CEQ-2BR: adaptación, validación y confiabilidad]. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, 11, Artigo e4464. http://dx.doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.e4464 DOI: https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.e4464

Sena, L. M. (2016). Ameaçada e sem voz, como num campo de concentração: A medicalização do parto como porta e palco para a violência obstétrica [Amenazados y sin voz, como en un campo de concentración: La medicalización del parto como puerta y escenario de la violencia obstétrica] [Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/172548

Tostes, N. A., & Seidl, E. M. F. (2016). Expectativas de gestantes sobre o parto e suas percepções acerca da preparação para o parto [Expectativas de las mujeres embarazadas sobre el parto y sus percepciones sobre la preparación para el parto]. Temas em Psicologia, 24(2), 681–693. https://dx.doi.org/10.9788/TP2016.2-15 DOI: https://doi.org/10.9788/TP2016.2-15

Vasconcelos, C. (2019). O Lebenswelt (mundo vivido) da mulher-mãe na depressão pós-parto [El Lebenswelt (mundo vivido) de la mujer-madre en la depresión posparto] [Dissertação de mestrado, Universidade de Fortaleza]. https://uol.unifor.br/oul/ObraBdtdSiteTrazer.do?method=trazer&ns=true&obraCodigo=114222

Wood, J. K. (1983). Terapia de grupo centrada na pessoa [Terapia de grupo centrada en la persona]. In C. Rogers, J. K. Wood, M. M. O’hara, & A. H. L. Fonseca (Org.), Em busca de vida: da terapia centrada no cliente à abordagem centrada na pessoa (pp. 45–87). Summus.

Yalom, I. D., & Leszcz, M. (2007). Psicoterapia de grupo: teoria e prática [Psicoterapia de grupo: teoria e prática] (R. C. Costa, Trad.). Artmed.

Zanatta, E., Pereira, C. R. R., & Alves, A. P. (2017). A experiência da maternidade pela primeira vez: as mudanças vivenciadas no tornar-se mãe [La experiencia de la maternidad por primera vez: los cambios vividos al ser madre]. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 12(3), Artigo e1113. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082017000300005&lng=pt&tlng=pt

Publicado

09.05.2024

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Barbalho, A. M. ., & Magalhães, F. C. (2024). Grupo centrado: experiência com mulheres na vivência do ciclo gravídico puerperal. Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 13, e5377. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2024.e5377

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 > >>