Perfil clínico-epidemiológico de pessoas com hanseníase no estado do Pará entre os anos de 2017-2021
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.2023.e4905Palavras-chave:
Hanseníase, Epidemiologia, Saúde Pública, Prevalência, Doenças endêmicasResumo
OBJETIVO: Conhecer as características clínicas e epidemiológicas de pessoas diagnosticados com hanseníase no estado do Pará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico exploratório e descritivo, com abordagem transversal. Os dados foram coletados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, referentes ao período de 2017 a 2021 e relativos ao estado do Pará, Brasil. Os parâmetros explorados foram o número de casos confirmados por ano de notificação, município de notificação, sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, classificação operacional, notificação de baciloscopia, forma clínica, grau de incapacidade física, número de lesões e esquema terapêutico. RESULTADOS: No período do estudo, foram notificados 14.339 casos, com maior ocorrência no ano de 2019. Os diagnósticos mais recorrentes foram em indivíduos com mais de 15 anos (92,1%), sexo masculino (62,3%), cor parda (74,1%), com ensino fundamental incompleto (48,2%). Preponderou grau zero de incapacidade (56,2%) durante o diagnóstico e mais de cinco nervos afetados em cada indivíduo (43,6%). CONCLUSÃO: A frequência de casos detectados em indivíduos adultos, pardos e com baixa escolaridade sugerem evidências de focos ativos de transmissão não diagnosticados e reforçam a importância de ações de controle para evitar a progressão de incapacidades funcionais da doença.
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