Estudantes africanas imigrantes no Ceará – análise do processo adaptativo
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v8i2.2402Palabras clave:
Estudante. Adaptação. Imigração.Resumen
Estudo de caso com o objetivo de analisar o processo adaptativo de estudantes africanas imigrantes no Ceará, realizado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira em Redenção-Ceará-Brasil. Participaram do estudo onze estudantes procedentes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP’S). De acordo com a nacionalidade, incluímos: três de Moçambique; duas de São Tomé e Príncipe; duas de Cabo verde; duas de Angola; e duas de Guiné-Bissau. As estudantes estavam na faixa etária de 22 a 32 anos. Com relação à renda mensal, a individual variava de R$ 500,00 a R$ 1.020,00, e a familiar de R$ 500,00 a R$ 1.300,00. Dentre as estudantes, identificamos fatores de risco para Síndrome Hipertensiva da Gravidez, além da cor negra. Os motivos da migração estavam relacionados com a busca de uma formação acadêmica, conquista de melhores condições de trabalho e de realização profissional e disponibilizar melhorias para os familiares e conhecidos do País de origem mediante o seu regresso. Para sete estudantes houve facilidades, e estas se relacionavam com oportunidade de estudo financiado, liberdade, segurança, melhores condições de vida, e amadurecimento. As dificuldades de adaptação no País eram inerentes ao tipo de alimentação, clima, cultura, racismo/preconceito, custo com moradia, acesso aos serviços de saúde, insegurança e violência. A partir da análise dos resultados consideramos que as estudantes imigrantes africanas enfrentavam dificuldades no processo adaptativo migratório mediadas pela diferença cultural, discriminação, racismo e poder aquisitivo aquém das ofertas locais relacionadas ao atendimento às suas necessidades básicas.