Os efeitos do stretching global ativo em bailarinas clássicas
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2022.e4396Palavras-chave:
Dança, Exercícios de alongamento muscular, FisioterapiaResumo
INTRODUÇÃO: O Stretching Global Ativo (SGA) pode ser uma boa estratégia para a melhora da postura e qualidade de vida, e redução da dor . Ele atua com alongamentos de cadeias musculares podendo proporcionar melhora da prática do balé sem grandes estresses físicos. OBJETIVO: Verificar os efeitos do SGA na postura, dor e qualidade de vida de bailarinas clássicas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi um ensaio clínico randomizado no período de novembro de 2020 a outubro de 2021. Constitui-se de 20 bailarinas (idade entre 12 e 22 anos), sem lesões ortopédicas ou em recuperação, e sem tratamento fisioterapêutico. Estas foram divididas em dois grupos. O grupo controle em que não houve nenhuma intervenção e o grupo SGA, o qual realizou três posturas durante 15 minutos para cada, duas vezes por semana, totalizando 10 sessões. Avaliou-se por meio do Questionário de Qualidade de Vida do Atleta, Questionário Nórdico Musculoesquelético e pelo Software para Avaliação Postural, empregando os testes t (independência), teste t (pareado), teste G (contingência) e o Qui-quadrado. RESULTADOS: Não houve diferença estatística na qualidade de vida e dor, porém no grupo controle houve aumento da extensão do corpo (0,003) e dorsiflexão do tornozelo (0,01); e no grupo SGA, aumento do valgo de joelho esquerdo (0,05), redução da rotação interna da cabeça do fêmur (0,01) e extensão do joelho esquerdo. CONCLUSÃO: Houve efeitos do SGA apenas na postura das bailarinas, fato não encontrado na dor e qualidade de vida das mesmas. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) de protocolo RBR-10wckkk7.
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