Desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com cardiopatias congênitas
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i3.2386Palavras-chave:
Desenvolvimento neuropsicomotor. Crianças. Cardiopatias congênitas. Habilidades motoras.Resumo
INTRODUÇÃO: Especula-se que as cardiopatias congênitas (CC) podem afetar o desenvolvimento neuropsicomotor. No entanto, ainda se faz necessários estudos que visem avaliar esse desenvolvimento nas crianças com CC. OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com cardiopatias congênitas. MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal, conduzido no Hospital do Coração de Alagoas (Maceió – AL, Brasil), no período de junho a outubro de 2016. Foram incluídas crianças internadas para a realização de cirurgias eletivas no referido hospital, com idade entre 1 e 72 meses, e excluídas aquelas que apresentassem algum sinal de desconforto (dispneia, taquicardia, cianose, batimento de asa de nariz e uso da musculatura acessória), baixa capacidade para responder aos comandos verbais e/ou doenças/síndromes associadas que levassem ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. O desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) foi avaliado por meio do teste de triagem do desenvolvimento Denver II, aplicado no momento pré-cirúrgico. RESULTADOS: Foram avaliadas 20 crianças, com idade entre 1-72 meses, das quais 05 foram excluídas. As 15 restantes tiveram média de idade de 16,12 (±15,56) meses, 7 meninos (46,66%) e 8 meninas (53,33%). Oitenta por cento das crianças apresentaram atraso no DNPM, sendo o domínio motor fino-adaptativo o mais comprometido, no qual as crianças realizaram apenas 48% das tarefas propostas. A maioria das crianças com o atraso, apresentavam persistência do canal arterial (41,66%), seguida de comunicação interatrial-CIA (16,66) e coexistência de CIA e comunicação interventricular (16,66). CONCLUSÃO: Conclui-se que as crianças com CC apresentam o DNPM não compatível com a sua idade. Evidenciando a necessidade de diagnóstico e estimulação precoce das mesmas.