Competências profissionais no atendimento psicológico de crianças e adolescentes em hospital e ambulatório: análise qualitativa de experiências de campo
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2025.e6087Palavras-chave:
Competências Profissionais., Psicólogos, Serviços Hospitalares, Cuidados Ambulatoriais, Criança, AdolescenteResumo
INTRODUÇÃO: O atendimento psicológico a crianças e adolescentes depende do desenvolvimento de competências profissionais específicas, e correta adequação teórico-técnica aos diversos contextos, como o hospitalar e ambulatorial. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo descrever as competências profissionais do atendimento psicológico de crianças e adolescentes nos contextos hospitalar e ambulatorial, em uma análise qualitativa de relatos de experiência de formação profissional. MÉTODO: Trata-se de um estudo qualitativo com emprego de observação participante, consulta documental e interlocução (com atendidos e supervisores), que foram registradas em diário de campo, sendo estas narrativas analisadas em categorias, definidas com base em critérios de relevância, exaustividade, exclusividade e precisão. Foi elaborado um protocolo de extração de dados, com base na descrição das competências profissionais, contendo: a) fatos objetivos (comportamentos verbais e não verbais observados); elementos ambientais; instrumentos disponíveis; b) impressões clínicas dos atendimentos (interlocução). RESULTADOS: Nas competências fundamentais, a prática ética e o conhecimento do desenvolvimento infantil foram mobilizados em ambos os contextos, com especial enfoque para demandas de transição infância-vida adulta e problemas crônicos em saúde mental. A colaboração interdisciplinar foi esporádica no hospital, e inexistente no ambulatório. Nas competências funcionais, a formulação clínica ocorre de modo não-sistematizado nos dois contextos; já a intervenção é orientada por abordagem teórica no ambulatório, e limitada ao contexto no hospital. CONCLUSÕES: Apesar das limitações do estudo, os achados indicam que a formação profissional seria beneficiada pelo incremento de práticas de colaboração interdisciplinar, bem como do treino de adaptação de técnicas para cada ambiente. Na prática profissional há carência de estruturação de estratégias de intervenções que minimizem as trajetórias do desenvolvimento de diagnósticos em saúde mental, principalmente para aqueles transtornos crônicos, menos debilitantes.
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