Um olhar sobre o Suicídio: vivências e experiências de estudantes universitários
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v7i3.1908Palavras-chave:
Suicídio entre universitários, Saúde, Sofrimento, Fenomenologia existencialResumo
O suicídio está presente em nosso cotidiano, apesar de, na maioria das vezes, optarmos por ignorá-lo. O fenômeno tem se mostrado um problema preocupante e uma questão de saúde pública. A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 800 mil pessoas morrem todo ano cometendo suicídio e que a faixa etária mais prevalente é entre 15 e 29 anos. A universidade, concentrando jovens nessa faixa de idade, muitas vezes abriga o desvelamento de sofrimento de seus alunos, representado na expressão de ideação ou tentativa de suicídio. Pensando nisso, o presente trabalho permite compreender por meio de uma visão fenomenológico-existencial, como estudantes universitários da área da saúde de uma unidade acadêmica especializada do interior do Rio Grande do Norte lidam com questões que envolvem o suicídio. O nosso estudo foi realizado através de uma pesquisa qualitativa, na qual foram entrevistados quatro estudantes da FACISA-UFRN*, as entrevistas foram realizadas de forma individual com a seguinte pergunta disparadora: Como é para você ser estudante de um curso da saúde num campus do interior do estado? A nossa pesquisa mostrou que as vivências e experiências dos estudantes universitários ultrapassam delimitações burocráticas e territoriais da universidade. Encontramos relatos relacionadas à intensa demanda de estudos; dificuldade de adaptação ao ambiente acadêmico; dificuldades relativas à mudança de sua cidade de origem; dentre outros. Logo, pensar e compreender as tentativas e ideações de suicídio dentro do contexto acadêmico vai para além da compreensão do fenômeno em si, perpassa todo um horizonte histórico e singular de cada universitário.