Saúde e adoecimento psíquico de professores: estudo sobre burnout e qualidade de vida no trabalho
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v7i1.1665Palavras-chave:
Síndrome de Burnout, Qualidade de Vida no Trabalho, ProfessoresResumo
A partir do percurso histórico da carreira docente no Brasil, percebe-se que a profissão docente encontra-se inserida em um contexto de profundas contradições: por um lado, o trabalho docente é protegido por leis que pretendem garantir seu reconhecimento e as adequadas condições para o seu exercício; por outro, trata-se de um trabalho exigente e complexo, que nem sempre tem as condições de trabalho asseguradas. O objetivo do presente trabalho foi identificar aspectos relacionados à saúde e ao adoecimento psíquico de professores de escolas particulares e públicas do estado da Bahia. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo e de corte transversal. Participaram do estudo 60 professores, sendo a maioria do sexo feminino (83,3%) e pós-graduados (69,5%). O instrumento de pesquisa contou com escalas de Burnout e de Qualidade de vida no Trabalho (QVT) validadas para o contexto brasileiro. Os procedimentos de análise envolveram estatísticas descritivas e de comparação de médias. Os resultados apontaram que 35% dos participantes manifestaram a presença da Síndrome de Burnout. Com relação à análise da QVT dos docentes, obteve-se que a média geral foi de 3,16 (DP=0,66), o que pode ser considerado como um nível moderado. A análise conjunta dos níveis de Burnout e QVT permitiu a constatação de que professores que não apresentam a síndrome do Burnout têm uma tendência a apresentar melhor QVT. Tais achados revelam a interdependência de ambos os fenômenos. Acredita-se que a presente pesquisa traz resultados capazes de contribuir com futuras intervenções realizadas junto aos professores de organizações públicas e privadas.