PRÁTICAS DE CUIDADO NÃO-MÉDICAS: TENSÃO, OPOSIÇÃO OU INTEGRAÇÃO?
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v6i2.1339Palavras-chave:
Terapias Complementares, Integralidade em Saúde, Humanização da AssistênciaResumo
A desabilitação de práticas populares de cura, a partir de mecanismos de desqualificação e de hostilidade ao não-científico é reconhecida historicamente como fenômeno associado à força do estabelecimento da medicina científica como grande e único discurso/prática possível para o cuidado em Saúde. Este debate é reaquecido na presença das terapias integrativas atuais, que reinserem muitas destas práticas outrora negadas em experiências de cuidado e de cura, cuja adesão e aceitação vêm crescendo significativamente na atualidade. Pretende-se neste artigo compreender a partir de quais movimentos tais práticas se firmaram na atualidade, não necessariamente como fenômenos externos ou agenciamentos isolados (“invisíveis”), mas, progressivamente reconhecidos em suas potencialidades. Para tal, são analisadas as expressões “Alternativo”, “Holístico”, “Complementar” e “Integrativo”, destacando as tensões, oposições e integrações neste campo de co-existências entre práticas médicas e não-médicas. As análises empreendidas neste trabalho têm caráter histórico-analítico e foram realizadas a partir de investigações teóricas e revisões de literatura com fontes secundárias e guias de referência.