REFLEXÕES SOBRE AS PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO REALIZADAS POR PSICÓLOGOS(AS)
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v4i1.643Palabras clave:
Saúde mental, Psicólogos, Profissional, CuidadoResumen
O percurso de formação em psicologia e sua atuação profissional são psiquicamente mobilizadores, podendo constituir-se como uma experiência de vulnerabilidade à saúde mental do sujeito. Nessa perspectiva, sua subjetividade e estado mental tornam-se ferramentas para sua atuação, já que podem interferir diretamente na sua prática. Este trabalho propõe-se, então, a discutir essa exposição ao risco de adoecimento mental de profissionais de psicologia, conhecendo seu perfil profissional, e discutir a psicoterapia como uma prática de proteção à sua saúde mental, em uma amostra de psicólogos no estado da Bahia. A população de estudo é de psicólogos registrados no Conselho Regional de Psicologia, seção Bahia. Foram contatados 4.066 psicólogos, por via eletrônica, e 163 responderam ao questionário, um instrumento semiestruturado e autoaplicável. Os dados foram avaliados no SPSS 19. Os resultados indicam uma população majoritariamente feminina, com média de idade de 32 anos, e em início da carreira; 66,6% (66) sentiram necessidade de fazer terapia ao longo do curso, o que aponta para a possibilidade de o curso ser um mobilizador; 95% (96) consideram que lidam com sofrimento psíquico em sua atuação e 94,4% (85) consideram que isso impacta em sua atuação, porém apenas 33% (34) declaram fazer algum tipo de psicoterapia. A partir disso, discute-se o olhar desse profissional para a própria saúde mental e da a psicoterapia como ferramenta de preparação/sustentação profissional do psicólogo.