Acolhimento de pessoas em sofrimento psíquico intenso em uma unidade básica de saúde: relato de um psicólogo residente
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e5203Palabras clave:
Atención Primaria, Atención Psicosocial, Residencia, PsicologíaResumen
INTRODUÇÃO: A principal porta de entrada para a saúde pública no Brasil é a Atenção Primária à Saúde (APS), que é essencial para o funcionamento do modelo de atenção psicossocial proposto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). OBJETIVO: Relatar as vivências de um psicólogo residente em Clínica da Pessoa e da Família, inserido no Complexo Comunitário Vida Plena (CCVP), uma unidade básica de saúde docente-assistencial, no acolhimento de pessoas em Sofrimento Psíquico Intenso (SPI). A unidade de saúde fica localizada no Distrito Sanitário Pau da Lima (DSPL), um território repleto de vulnerabilidade social e escassez de espaços comunitários e de cuidados ampliados. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, de caráter qualitativo, sobre o acolhimento de pessoas em SPI no CCVP. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foi observado que o contexto do DSPL levou a uma sobrecarga do CCVP, e em especial dos profissionais da psicologia, no cuidado de pessoas em SPI. Apesar de exercer um papel importante no cuidado desses sujeitos, o CCVP enfrenta dificuldades na promoção da saúde mental, amparada pela perspectiva da atenção psicossocial. Entre os desafios observados destacam-se a fragmentação do cuidado, a dificuldade na articulação com outras unidades e a influência de modelos biomédicos ainda vigentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência de formação pelo trabalho em serviços da APS favoreceu o desenvolvimento de reflexões críticas sobre os desafios da atenção às pessoas em SPI e propiciou a elaboração de estratégias de cuidado possíveis que se aproximam dos princípios da clínica psicossocial no SUS.
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