A reestruturação dos papéis de gênero e a criação das novas masculinidades
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v9i3.3081Palabras clave:
Gênero. Crise de identidade. Masculinidade.Resumen
OBJETIVO: identificar a visão do homem cisgênero diante dos novos papéis de gênero na sociedade brasileira contemporânea e da construção das novas masculinidades. MÉTODO: Trata de uma pesquisa descritiva, quantitativa e corte transversal, composta por uma amostra de 38 universitários do sexo masculino, com idade igual ou superior a 18 anos, acadêmicos dos diversos cursos de uma universidade pública estadual da cidade de Montes Claros - MG. O instrumento utilizado foi um questionário semiestruturado contendo vinte e três perguntas fechadas. RESULTADOS: Foi possível identificar um maior retraimento por parte dos sujeitos pretos que, em sua maioria (62,5%), afirmam não falarem sobre sentimentos. A maior discrepância observada se relaciona com as áreas de estudo, sendo que acadêmicos do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia e Centro de Ciências Biológicas e da Saúde afirmam ter dificuldade em ser e fazer o que desejam por receio da reação das pessoas, enquanto os do Cento de Ciências Humanas dizem nunca ter essa dificuldade, além de ser o único centro que quase nunca busca se informar sobre as novas construções sociais dos papéis de gênero. CONCLUSÃO: os resultados obtidos evidenciam as diferenças promovidas pela área de estudo como mais influentes do que a raça – não ignorando sua influência– e podem apontar um caminho para expandir os debates sobre papéis de gênero entre grupos de homens cisgênero, mesclando os debates de cada grupo a fim de encontrar o equilíbrio entre informação e posicionamento na sociedade.