Aspectos psicológicos de pessoas que padecem de diabetes mellitus
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i1.2978Palabras clave:
Diabetes Mellitus. Aspetos psicológicos. Aspetos psicossociais.Resumen
O Ser humano é um sistema bio-psico-social, cuja complexidade estrutural e funcional reflete-se nas manifestações da doença. A diabetes mellitus é uma doença que se repercute na funcionalidade psíquica e psicossocial dos sujeitos portadores. OBJETIVO: estudo de aspetos de natureza psicológica e psicossocial em pessoas com diabetes mellitus. MÉTODO: Investigação do tipo quasi-experimental com abordagem quantitativa e comparativa, constituída por 100 participantes de ambos os sexos: 50 sujeitos com diabetes mellitus do escalão etário 30 – 88 anos e 50 sujeitos com características socio-demográficas idênticas, mas que não padecem da doença. Instrumentos metodológicos utilizados na recolha de dados: Entrevista clínico-psicológica; Questionário Sócio-demográfico; Questionário clínico-dinâmico da doença; Questionário de Auto-avaliação da funcionalidade psíquica e do desempenho na actividade familiar, social e laboral. RESULTADOS: No grupo de participantes com diabetes mellitus, comparativamente ao grupo de controle, evidenciam-se diferenças estatisticamente significativas de maior expressividade de aspetos do foro psicológico, tais como, nervosismo, ansiedade, irritabilidade, depressividade e mais baixos nas manifestações de índole psicossocial como a capacidade de trabalho, disponibilidade mental para o convívio com amigos e para colaborar no seio da família. Contudo, embora os valores também sejam mais elevados nas categorias de ansiedade e pessimismo e cansaço/fadiga, as diferenças não alcançam o nível estatisticamente significativo. CONCLUSÃO: O padecimento da doença de diabetes mellitus tem impacto negativo na funcionalidade psíquica e psicossocial dos pacientes e, por conseguinte, também há repercussões negativas no estilo e qualidade de vida; justificando-se, assim, a implementação de medidas de apoio e acompanhamento psicológico para facilitar e promover a aceitação da doença, adesão aos tratamentos e adaptação à nova realidade de vida.