Da institucionalização total à medicalização: relatos sobre os dispositivos de saúde mental em Feira de Santana – BA
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v8i1.2043Palabras clave:
Desinstitucionalização. Institucionalização total. Medicalização. Saúde mental.Resumen
Este artigo tem por objetivo construir um breve histórico do cuidado em saúde mental, dos primórdios da institucionalização total aos processos de medicalização contemporâneos, tendo como pano de fundo as experiências de estágio de Psicologia vivenciadas no Hospital Especializado Lopes Rodrigues (HELR) e demais dispositivos de saúde mental da cidade de Feira de Santana, Bahia. As reflexões tecidas por Michel Foucault, Franco Basaglia, Erving Goffman e Paulo Amarante, contrapostas e comparadas à vivência do estágio, apontaram para a transição do processo de institucionalização total para o de medicalização da vida. Por meio desta investigação foi possível constatar a permanência de discursos e práticas que não se coadunam com a legislação vigente, a qual propõe um complexo processo de desinstitucionalização em saúde mental, bem como contatar o papel do psicólogo na manutenção deste estado de coisas.