Estratégias de coping para cônjuges de idosos com diagnóstico neuropsiquiátrico
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i1.3439Palavras-chave:
Coping. Casamento. Envelhecimento. Demência.Resumo
INTRODUÇÃO: A relação conjugal satisfatória é tida como um importante suporte de bem-estar social, principalmente frente a situações estressoras. Os diagnósticos neuropsiquiátricos podem ser um importante estressor, que pode abalar as relações conjugais de idosos. OBJETIVOS: Este estudo de caso teve por objetivo compreender as estratégias de coping para conjugalidade utilizadas por dois cônjuges de idosos com o diagnóstico neuropsiquiátrico. MÉTODOS: Os participantes, um homem e uma mulher, eram casados com participantes do Projeto de Extensão “Movimente”, desenvolvido na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em Uberaba, Minas Gerais. Os idosos foram convidados e participaram de uma entrevista semiestruturada, com questões sobre o casamento antes e após o diagnóstico, suas estratégias para lidar com a conjugalidade e o diagnóstico do(a) parceiro(a). As entrevistas foram realizadas individualmente, em local separado de seus(suas) parceiros(as). As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio de análise de conteúdo temática e interpretados com base na Psicologia da Saúde. RESULTADOS: Foram identificadas três categorias: 1) Conjugalidade e mudanças trazidas pela doença 2) Coping focalizado na emoção 3) Coping focalizado no problema. As principais estratégias de coping utilizadas pelos idosos foram comprometimento, admiração e crença religiosa. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: As estratégias se mostraram importantes para manter a boa conjugalidade, mesmo sendo observada mudança de foco do casamento para a função de cuidador, diante de diagnóstico neuropsiquiátrico.