A influência do padrão de magreza para a mulher na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v8i1.2098Palavras-chave:
Controle do peso. Saúde da Mulher. Representação Social.Resumo
A presente investigação apresenta como tema central o padrão de magreza para a mulher na sociedade brasileira, sendo este o modelo de beleza hegemônico a ser seguido na contemporaneidade. Tem como objetivo compreender os fatores socioculturais contemporêneos que contribuem para que o padrão de magreza torne-se um instrumento de disciplinarização subjetiva sobre os corpos femininos. A metodologia empregada foi a revisão de literatura narrativa, de cunho qualitativo, com análise de contéudo temática. Os resultados encontraram a maneira como o gênero feminino é construído e como este participa do processo sociocultural de submissão ao ideal de beleza pesquisado. Também foi encontrado que à mulher é reservado um lugar de inferioridade em relação ao homem e foi questionado o conceito de saúde relacionado ao corpo gordo. Além disso, foi investigado como as práticas discursivas são mantenedoras do lugar social atribuído ao feminino e o papel da mídia hegemônica na construção e naturalização do padrão de magreza, ao utilizar o habitus e as representações sociais para esta finalidade. Deste modo, concluiu-se que a mídia hegemônica contribui para a reafirmação do lugar de submissão da mulher e da imposição do padrão de magreza à ela, por meio do agenciamento dos desejos femininos. A alimentação, neste contexto, torna-se restritiva para que a mulher alcance este ideal de beleza e se purifique de seus pecados. Com este estudo, espera-se contribuir com os estudos de gênero, ampliando ainda mais esta área de pesquisa.