FATORES ASSOCIADOS À AUSÊNCIA DE CONTROLE GLICÊMICO EM DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v5i3.719Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, Controle Glicêmico, Estilo de VidaResumo
OBJETIVO: Investigar os fatores associados à ausência de controle glicêmico em pacientes com DM tipo 2. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se se um estudo descritivo de corte transversal conduzido com pacientes com diagnóstico de Diabetes Mellitus e que estavam em tratamento em unidades de saúde do Distrito Sanitário Cabula-Beiru. Considerou-se ausência de controle glicêmico os valores iguais ou acima de 126mg/dl obtidos por exame de glicose plasmática no sangue do paciente em jejum e relatados pelos mesmos. A magnitude da associação entre as variáveis estudadas e a ausência de controle glicêmico foi estimada pelo cálculo da razão da Odds ratio, adotando-se o intervalo de confiança a 95% (IC95%). Posteriormente, foram realizadas análises multivariadas utilizando-se a regressão logística, a partir de um modelo teórico definido a priori, discriminando os fatores de risco em blocos hierarquizados. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP/UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO Saúde/PET-Saúde 2012. RESULTADOS: Participaram deste estudo 127 usuários que preencheram adequadamente os critérios de elegibilidade, dentre estes, 51 (40,2%) apresentavam níveis glicêmicos considerados como não controlados. A ausência de controle glicêmico mostrou se independentemente associada a não praticar atividade física leve a moderada regularmente (OR=2,14; IC95%:1,88–2,22), mesmo após ajuste por sexo, renda, relativas a hábitos de vida e qualidade da assistência. CONCLUSÃO: O número elevado de indivíduos que negaram a pratica de atividade física associou-se significativamente a ausência de controle glicêmico. Este fator pode contribuir para o aumento das complicações cardiovasculares e para um prognóstico desfavorável em termos de agravos e óbitos.