EFEITO DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO ASSOCIADO A REABILITAÇÃO FÍSICA APÓS HOSPITALIZAÇÃO PROLONGADA: SÉRIE DE CASOS
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v5i3.696Palavras-chave:
Exercícios respiratórios, Fisioterapia, Serviços de assistência domiciliar, Alta do pacienteResumo
Introdução: A sarcopenia, a polineuropatia do paciente crítico e fraqueza muscular respiratória são algumas das possíveis condições responsáveis por essa incapacidade física após a hospitalização prolongada. Objetivo: Relatar o efeito do treinamento muscular inspiratório e programa de exercícios físicos na capacidade muscular respiratória e funcional de uma série de casos de pacientes pós-hospitalização. Métodos: Série de casos, do uso do TMI e reabilitação física domiciliar em pacientes em deshospitalização. O protocolo respiratório empregou carga aproximada de 50% da pressão inspiratória máxima (Pimax), realizado em duas séries de 30 repetições por dia durante sete dias por semana. As variáveis mensuradas antes e após as intervenções foram Pimax, Capacidade Vital (CV) PFI (Pico de fluxo inspiratório), força muscular periférica (MRC) e independência funcional (índice de Barthel completo e domínio mobilidade da Medida de Independência Funcional (MIF). Resultados: A amostra foi composta por dez pacientes com idade média 73,7±13,6 anos e tempo de internação hospitalar 18,6±10,9 dias, sendo que a adesão as intervenções foi de 82,0%. Nas 459 sessões de TMI houveram 25 eventos adversos ocorridos durante os ajustes de carga, porém sem necessidade de exclusão após retorno a carga inspiratória prévia. Após quatro semanas das intervenções, observou-se aumento significativo da Pimax, PFI e CV, além de ganhos na força muscular periférica e capacidade funcional. Conclusão: O TMI associado a reabilitação física em pacientes críticos após hospitalização promoveu ganhos na função respiratória e capacidade funcional após quatro semanas de intervenção.