Percepção do fisioterapeuta sobre perfil epidemiológico de recém-nascidos e atuação fisioterapêutica em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2025.e6350Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Recém-Nascido Prematuro, Epidemiologia, Perfil de Saúde, FisioterapiaResumo
FUNDAMENTOS: A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn) atende recém-nascidos graves ou de risco que precisam de assistência contínua. No entanto, há poucos dados sobre a percepção do fisioterapeuta quanto ao perfil epidemiológico desse público-alvo para orientar ações específicas. Desta forma, este estudo teve como objetivo identificar, pela percepção dos fisioterapeutas, o perfil epidemiológico de recém-nascidos admitidos nas UTIn do município de Mossoró/RN. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e quantiqualitativa, desenvolvida entre outubro e novembro de 2022, com fisioterapeutas atuantes em UTIn, por meio da aplicação de questionário eletrônico, com perguntas sobre o perfil epidemiológico e atuação fisioterapêutica nessas unidades. Os dados foram analisados no software estatístico Jamovi 2.4.14.0 e apresentados em média, desvio padrão e frequências. RESULTADOS: Onze profissionais participaram do estudo, apontando os distúrbios respiratórios como as ocorrências mais frequentes (100%) e a cesárea como tipo predominante (100%). A principal causa de admissão foi a síndrome do desconforto respiratório (63,3%), e a técnica mais utilizada é a terapia de reexpansão pulmonar (63,6%). A taxa de mortalidade no município varia entre baixa e média, sendo os distúrbios cardíacos a principal causa de óbito (27,3%). CONCLUSÕES: Portanto, o conhecimento do perfil epidemiológico possibilita o planejamento, readequação de ações e auxilia no direcionamento e fortalecimento de ações, contribuindo para a melhora na sobrevida do paciente.
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