Perfil da população pediátrica em ventilação mecânica acompanhada pelo Programa Melhor em Casa de Porto Alegre
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2025.e6059Palavras-chave:
Serviços de Assistência Domiciliar, Ventilação Mecânica, PediatriaResumo
INTRODUÇÃO: A atenção domiciliar representa uma estratégia de cuidado que amplia as possibilidades assistenciais além do ambiente hospitalar, especialmente em casos que demandam suporte tecnológico como a ventilação mecânica. OBJETIVO: Caracterizar o perfil da população pediátrica em ventilação mecânica acompanhada pelo Programa Melhor em Casa, no município de Porto Alegre. MÉTODOS: Realizado um estudo descritivo, por meio da análise de prontuários de crianças e adolescentes em ventilação mecânica domiciliar. RESULTADOS: Foram avaliados 18 prontuários, a maioria era do sexo masculino (61%), com média de idade de 7,84 anos. O diagnóstico principal mais frequente foi a distrofia muscular de Duchenne (22%). A ventilação mecânica invasiva foi utilizada por 78% da amostra, com uso médio diário de 18 horas. A insuficiência ventilatória foi a principal causa da dependência (68%) e 78% necessitavam de oxigenoterapia. Em relação à alimentação, 56% utilizavam via oral e 71% faziam uso de gastrostomia. Quanto às internações, 72% foram hospitalizados ao menos uma vez, sendo a infecção urinária a causa mais prevalente (33%). Em 94% dos casos, a mãe era a cuidadora principal, com baixa escolaridade e dedicação exclusiva ao domicílio. CONCLUSÃO: O estudo contribui para o reconhecimento das necessidades clínicas e sociais da população pediátrica em ventilação mecânica, reforçando a importância da atenção domiciliar e de políticas públicas intersetoriais voltadas ao cuidado integral.
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