Impacto da orientação e do telemonitoramento na flexibilidade dos pés devido ao pé torto congênito postural no primeiro mês de vida: um estudo descritivo longitudinal
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.2023.e5387Palavras-chave:
Recém-Nascidos, Órtese, Pé Torto Congênito, TelemonitoramentoResumo
INTRODUÇÃO: A intervenção precoce é essencial para o correto crescimento do pé torto congênito postural (PTC), mas pouco se sabe sobre sua contribuição para essa deformidade quando os pacientes são avaliados por meio de telemonitoramento. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo acompanhar, por telemonitoramento, a flexibilidade do pé de recém-nascidos com diagnóstico de PTC durante os primeiros meses de vida. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo longitudinal com recém-nascidos a termo, diagnosticados com PTC em pelo menos um pé, apresentando escore de Pirani ≥ 0,5. Foram excluídos recém-nascidos com outras malformações. Os recém-nascidos foram avaliados nas primeiras horas de vida e 30 dias após a alta hospitalar. Durante este período os pais foram incentivados a mobilizar os pés diariamente e manter a posição por meio de órtese ou bandagem. O telemonitoramento ocorreu semanalmente, e a flexibilidade dos pés foi classificada pelo escore de Pirani. RESULTADOS: Foram incluídos neste estudo treze recém-nascidos (dezoito pés), sete descontinuaram o estudo por faltas nas tentativas de contato e seis foram telemonitorados por 30 dias. A maioria dos RN era do sexo feminino (69%), nasceram com 39 semanas (± 1,18) e 3.346,54g (± 306,51). Um nasceu de parto normal e oito (61%) tinham histórico familiar de PTC. Inicialmente, a pontuação de Pirani variou de 1 a 3. Após 30 dias de telemonitoramento, três pés evoluíram para 0 e quatro pontuaram entre 0,5 e 1. CONCLUSÃO: Este estudo mostra uma melhora importante na flexibilidade do pé de recém-nascidos com diagnóstico de PTC, avaliados por telemonitoramento. O telemonitoramento pode ser um recurso adicional para assistência ao recém-nascido com PTC.
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