SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM FISIOTERAPEUTAS E ENFERMEIROS NO AMBIENTE HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v4i3.437Palavras-chave:
Transtornos Traumáticos Cumulativos, Fisioterapeutas, Enfermeiros, HospitalResumo
Objetivo: Descrever os sintomas osteomusculares em fisioterapeutas e enfermeiros em um hospital na cidade de Salvador-Bahia. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado entre agosto e novembro de 2010, utilizando-se como instrumento o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Outras variáveis avaliadas foram carga horária e tempo de atuação profissional. Resultados: Dos 76 profissionais avaliados, 43 eram fisioterapeutas e 33 enfermeiros, com idade média de 28,6 ± 4,4 anos e IMC 24,1 ± 5,4 kg/m². O tempo de atuação foi 3,5 ± 4,1 anos e a jornada de trabalho semanal 46,8 ±18,5 horas. Houve predomínio de sintomas osteomusculares na região lombar(60,5%) e nas costas(46,5%) em fisioterapeutas e no pescoço(60,6%) e ombros(54,5%) nos enfermeiros. As mulheres apresentaram maior ocorrência em relação aos homens no pescoço (57,1% vs 33,3%; p=0,047) e nos ombros (49% vs 14,8%; p=0,003). Os enfermeiros tiveram maior ocorrência de problemas do que os fisioterapeutas nos ombros (54,5% vs 23,3%; p=0,005) e quadril (24,2% vs 7%; p=0,034), sendo que os profissionais com jornada superior a 44 horas semanais tiveram maiores repercussões nas atividades de vida diária (12,9% vs 0%; p=0,013). Conclusão: A frequência de sintomas nos enfermeiros e fisioterapeutas no ambiente hospitalar foi elevada nas regiões lombar, ombros, punhos e cervical, provavelmente devido as atividades laborais e posturas inadequadas. Outro dado preocupante é o pequeno tempo de atuação profissional, o que sugere a necessidade de realização de medidas preventivas para não evolução e agravamento dos sintomas.