FREQUÊNCIA DAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS EM CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v5i1.389Palavras-chave:
Refluxo gastroesofágico, Sinais e sintomas respiratóriosResumo
Objetivo: Estimar a frequência de manifestações extraesofágicas do trato respiratório de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos com diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Métodos: Estudo transversal realizado com 130 crianças de 0 a 5 anos com diagnóstico de DRGE, em um consultório particular de gastroenterologia pediátrica. Destas, 20 foram excluídas por terem idade superior a 5 anos e 18 por terem diagnóstico simultâneo de asma. A coleta foi realizada com dados colhidos em prontuários com base em um formulário estruturado, com 28 questões objetivas, contendo variáveis sócio demográficas e variáveis clínicas que foram categorizadas com sintomas (chiado, cianose, dispneia, tosse, rouquidão, vômito, dor abdominal e regurgitação), exames utilizados para o diagnóstico da DRGE e complicações como pneumonia, esôfago de Barret, úlcera, apneia, bronquite, gastrite e esofagite, definidos como presente ou ausentes. Foi ainda investigado a qualidade do sono Resultados: Observou-se que 55,4% eram do sexo masculino. A maioria das crianças, 22,8% tinham de 12 a 23 meses. A tosse esteve presente em 42,4% e dispneia em 27,2%. Outros sintomas ainda observados foi o vômito com 55,4%, seguido do distúrbio do sono com 53,3% e dor abdominal com 32,6%. A esofagite apareceu em 9,8% e a gastrite com 8,7%. Os exames mais realizados para diagnostico foram a ultrassonografia com 52,2% e a Phmetria com 23,9%. Conclusão: As manifestações respiratórias apresentam uma grande incidência na DRGE, porém muito controversa no que diz respeito à relação de causa e efeito. A DRGE pode causar os sintomas, agravar e ser a consequência de uma patologia respiratória, o que torna o diagnostico mais difícil.