Correlação dos fatores sociodemográficos e clínicos com alterações da funcionalidade em crianças hospitalizadas
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i2.3741Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Criança hospitalizada. Desempenho funcional. Morbidade.Resumo
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de alterações funcionais é comum em crianças que estiveram em condições de terapia intensiva. A Functional Status Scale (FSS) é uma escala que tem por objetivo avaliar a funcionalidade de pacientes pediátricos hospitalizados. OBJETIVO: Verificar a possível correlação de fatores sociodemográficos e clínicos com as alterações funcionais de crianças submetidas à internação na UTIP. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo coorte com crianças admitidas em uma UTIP. A funcionalidade foi avaliada pelo FSS na admissão e na alta da unidade. Nova incapacidade foi definida como mudança no FSS ? 1 e incapacidade grave como mudança no FSS ? 3. O dados foram avaliados pelo programa SPSS versão 17.0. O teste de Pearson e Spearman foi empregado para análise de correlação. O nível de significância estatística adotada foi de p < 0,05. RESULTADOS: Participaram do estudo 43 crianças, sendo 51,2% do sexo masculino, com mediana de idade de 15 (1-144) meses. O principal motivo de internação foi desconforto respiratório 12 (27,9%) e a comorbidade prévia mais frequente foi a neurológica (37,3%), seguida de cardiovascular (11,8%). Foram observadas correlações significativas entre nova incapacidade e doença vascular prévia (p<0,000); nova incapacidade e internamento por alteração vascular (p<0,000) e incapacidade grave e doença cardiovascular prévia (p=0,005). CONCLUSÃO: O desenvolvimento de alterações funcionais pode ocorrer em crianças após internação na UTIP. A presença prévia de doença vascular e doença cardíaca, além do internamento por alteração vascular, estão associados a uma piora funcional na alta hospitalar.