Perfil clínico de mulheres com incontinência urinária de esforço em centro de referência
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i2.3714Palavras-chave:
Incontinência urinária de esforço. Mulheres. Transtornos urinários.Resumo
INTRODUÇÃO: A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. É um sério problema de saúde públicae as mulheres são as mais afetadas e apresentam como fatores de risco o envelhecimento, mais de duas gestações, parto vaginal com episiotomia, entre outros. Embora a IU não seja uma condição de vida ameaçadora, pode levar a situações com repercussões a nível social e pessoal, com influência na qualidade de vida. OBJETIVO: Descrever a frequência da IUE em um centro especializado na cidade de Salvador, assim como apontar as características clínicas, fatores de risco e comorbidades associadas à IUE feminina. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal descritivo, a partir da análise de dados de prontuários de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço, incluídos dados sociodemográgicos, fatores de risco, comorbidades associadas, queixas clínicas e dados objetivos de Pad Test e Diário Miccional. RESULTADOS: Foram incluídas 28 mulheres com idade média de 48,9 anos (±7,7), de raça parda (46,2%), com ensino médio completo (40%), casadas (52%), trabalhadoras do lar (32,2%), IMC médio 26,2 (±4,9). A comorbidade associada mais predominante foi obesidade (28,6%), o fator de risco dominante foi o consumo de café (70%). A queixa clinica mais prevalente foi perda ao tossir (96,3%). Quando analisado Pad test, notado maior prevalência de perda leve (57,14%), seguido por (39,29%) de perda moderada e perda grave (3,57%). CONCLUSÃO: Mulheres de meia idade, pardas, menopausadas, obesas, hipertensas, multíparas, que realizaram parto vaginal com episiotomia, constipadas e que ingerem cafeína são mais propensas a desenvolver a incontinência urinária de esforço. Houve uma maior prevalência de incontinência urinária leve.