Mobilização precoce a prática do fisioterapeuta intensivista: intervenções e barreiras

Autores

  • Francisca Vitória dos Santos Paulo Centro Universitário Christus - Unichristus, Acadêmica de Fisioterapia
  • Márcia Cardinalle Correia Viana Hospital Geral Dr. César Cals - HGCC, Fisioterapeuta
  • Andrea Stopiglia Guedes Braide Escola de Saúde Pública do Ceará - ESP, Fisioterapeuta
  • Marcus César Silva de Morais Hospital Regional Unimed - HRU, Fisioterapeuta
  • Virgínia Maria Bezerra Malveira Centro Universitário Christus - Unichristus, Acadêmica de Fisioterapia

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i2.3586

Palavras-chave:

Mobilização Precoce. Terapia Intensiva. Fraqueza Muscular. Fisioterapeuta.

Resumo

INTRODUÇÃO: Pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) requerem longos períodos de internação, estando submetidos ao imobilismo, que resulta em perda significativa de massa muscular. A mobilização precoce é uma terapêutica realizada no ambiente de UTI e tem como objetivo diminuir o comprometimento funcional decorrente do período de internação. OBJETIVO: analisar a prática de mobilização precoce realizada pelo fisioterapeuta intensivista, identificar as principais intervenções utilizadas por esses profissionais e descrever as barreiras encontradas que inviabilizam a prática da mobilização precoce, em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. METODOLOGIA: Estudo de campo, quantitativo e transversal, realizado entre fevereiro e maio de 2020, com fisioterapeutas intensivistas de três hospitais na cidade de Fortaleza, a saber dois deles são da rede pública (um municipal e outro estadual) e o outro de rede privada. Foram inclusos no estudo fisioterapeutas intensivistas atuantes nos hospitais mencionados e que possuam vínculo com a instituição. Foram excluídos os fisioterapeutas na função de residentes, estagiários e preceptores presentes. Para coleta de dados foi utilizado o formulário eletrônico on-line viabilizada por meio do aplicativo Google Forms. Os dados foram analisados e tabulados através do Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. A estatística descritiva, com frequências absolutas e relativas foi utilizada para caracterizar o perfil da amostra estudada. Os testes estatísticos aplicados foram o Qui-Quadrado para determinar diferenças nas respostas dos critérios de segurança e barreiras para implementação da mobilização precoce e o tempo de experiência em unidade de terapia intensiva e o Kruskal-Wallis para comparar as intervenções de mobilização precoce entre grupos de Fisioterapeutas dos três hospitais. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 68 fisioterapeutas, a maioria (36,8%) com tempo de atuação na terapia intensiva de 6 a 10 anos. O gerenciamento da mobilização precoce é realizado em sua maioria apenas pelo fisioterapeuta. Acerca da utilização de escalas funcionais utilizadas em UTI, a Medical Research Council (MRC) foi a mais citada pelos profissionais com (67,7%). A estratégia de mobilização mais utilizada foi a sedestação (91,2%). O desconforto respiratório foi a situação clínica mais citada para a interrupção da mobilização precoce (83,8%). CONCLUSÃO: As intervenções mais frequentes foram a sedestação, uso do cicloergômetro e transferências leito poltrona. As barreiras relacionadas ao paciente foram a instabilidade hemodinâmica, uso de drogas sedativas e analgésicas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Publicado

19.05.2021

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
dos Santos Paulo FV, Cardinalle Correia Viana M, Stopiglia Guedes Braide A, Silva de Morais MC, Bezerra Malveira VM. Mobilização precoce a prática do fisioterapeuta intensivista: intervenções e barreiras. Rev Pesq Fisio [Internet]. 19º de maio de 2021 [citado 22º de dezembro de 2024];11(2):298-306. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/3586

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)