Atividade física e qualidade de vida em indivíduos renais crônicos

Autores

  • Luana Cecconello Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
  • Edinara Moraes Morais Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Ciências da Vida, Programa de Mestrado Associado em Atenção Integral à Saúde, Ijui, RS, Brasil.
  • Karen Scopel Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
  • Eniva Milladi Fernandes Stumm Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
  • Paulo Ricardo Moreira Universidade de Cruz Alta, Cruz Alta, RS, Brasil
  • Eliane Roseli Winkelmann Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i1.3382

Palavras-chave:

Insuficiência Renal Crônica. Hemodiálise. Atividade física. Nível de Saúde. Perfil de Impacto da Doença.

Resumo

INTRODUÇÃO: As alterações impostas pela doença renal e por seu tratamento interferem negativamente na qualidade de vida dos indivíduos com doença renal crônica. A atividade física é relatada como uma alternativa terapêutica nesta população, porém, a maioria dos pacientes submetidos à hemodiálise apresentam baixos níveis de atividade física. OBJETIVO: verificar a correlação entre a atividade física e qualidade de vida em indivíduos com doença renal crônica em hemodiálise. MÉTODOS: Este estudo é observacional, analítico, descritivo e quantitativo, desenvolvido em uma das Unidades de Hemodiálise da região Noroeste do Rio Grande do Sul, Brasil, na atenção clínica terciária, durante o período de novembro de 2018 a fevereiro de 2019. Foram incluídos indivíduos maiores de 18 anos e em tratamento hemodialítico por doença renal crônica há mais de três meses; pertencentes ao serviço de hemodiálise. Os critérios de exclusão foram os indivíduos com diagnóstico de doença renal aguda; aqueles que apresentaram aparentemente dificuldades em compreender, responder ou que não realizaram completamente os instrumentos de avaliação propostos (qualidade de vida e pedômetros), indivíduos que no momento da avaliação não apresentaram condições clínicas estáveis.  A coleta de dados foi realizada pela análise dos prontuários clínicos e eletrônicos e entrevista semiestruturada. Utilizou-se avaliação pelos pedômetros e pelo questionário Kidney Disease and Quality of Life Short-Form-KDQOL-SFTM. Análises de modelagem por regressão foram realizadas para testar a associação entre o número de passos/dia e os desfechos avaliados RESULTADOS: Foram incluídos na amostra 40 pacientes, destes, 70% são homens, com média de idade de 59,9 ± 13,0 anos. Na correlação entre atividade física e qualidade de vida, o número de passos/dia teve correlação significativa com as dimensões sintomas e problemas (r=0,523;p=0,003), efeitos da doença (r=0,458; p=0,010), função sexual (r=0,361;p=0,050), sono (r=0,357;p=0,049), função física (r=0,617;p=<0,001), papel físico (r=0,504;p=0,004), dor (r=0,496; p=0,005), bem estar emocional (r=0,407; p=0,023), papel emocional (r=0,435;p=0,014), função social (r=0,522;p=0,003), energia/fadiga (r=0,436;p=0,014) e composição física (r=0,598;p=<0,001). As variáveis idade, índice de massa corporal, tempo de hemodiálise e sexo não apresentaram correlação com o número de passos/dia. CONCLUSÃO: Houve correlação positiva entre atividade física e qualidade de vida, ou seja, quanto maior a média de número de passos/dia melhor a qualidade de vida de indivíduos em hemodiálise.

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Biografia do Autor

  • Luana Cecconello, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

    Fisioterapeuta.

    Mestre em Atenção Integral à Saúde (UNIJUI/UNICRUZ). Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI. Ijui/RS/Brasil.

     

     

  • Edinara Moraes Morais, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Ciências da Vida, Programa de Mestrado Associado em Atenção Integral à Saúde, Ijui, RS, Brasil.
    Enfermeira. Mestre em Atenção Integral à Saúde (UNIJUI/UNICRUZ). Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI. Ijui/RS/Brasil.
  • Karen Scopel, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
    Fisioterapeuta. Bolsista PIBIC/CNPq 2018-2019 (UNIJUI)
  • Eniva Milladi Fernandes Stumm, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
    Enfermeira. Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. Docente do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - DCVida/UNIJUI; Docente do Programa de pós graduação Mestrado em Atenção Integral a Saúde (UNIJUI/UNICRUZ)
  • Paulo Ricardo Moreira, Universidade de Cruz Alta, Cruz Alta, RS, Brasil
    Médico nefrologista. Docente do programa de Pós graduação Mestrado em Atenção integral a Saúde (UNIJUI/UNICRUZ).
  • Eliane Roseli Winkelmann, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

    Fisioterapeuta,  Doutora em Ciências da Saúde: Ciências cardiovasculares pela UFRGS, Mestre de Ciências Biológicas: Fisiologia pela UFRGS, Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória, Especialização em Acupuntura

    Docente do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - DCVida/UNIJUI; Docente do Programa de pós graduação Mestrado em Atenção Integral a Saúde (UNIJUI/UNICRUZ), Membro do Núcleo de Pesquisa DCVida; Líder do Grup de Pesquisa em Atenção á Saúde UNIJUI. Ijui/RS/Brasil.
    Fone: 99224402 cel /e-mail: 
    elianew@unijui.edu.br

Publicado

11.01.2021

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Cecconello L, Morais EM, Scopel K, Stumm EMF, Moreira PR, Winkelmann ER. Atividade física e qualidade de vida em indivíduos renais crônicos. Rev Pesq Fisio [Internet]. 11º de janeiro de 2021 [citado 22º de dezembro de 2024];11(1):125-34. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/3382

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