Qualidade de vida de participantes de um programa de prevenção de quedas no município de Maceió
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i1.3381Palavras-chave:
Idoso. Qualidade de vida. Acidentes por Quedas.Resumo
INTRODUÇÃO: Fatores sociais, psicológicos, físicos e ambientais, associados ao comprometimento funcional decorrente do envelhecimento, podem interferir na qualidade de vida do indivíduo que envelhece.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de participantes de um programa de prevenção de quedas na cidade de Maceió.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, realizado com os dados dos participantes de um Programa de prevenção de quedas da cidade de Maceió, onde foram incluídos todos os participantes com 60 anos ou mais, que realizaram a avaliação antes do início das intervenções e tiveram seus dados registrados nos prontuários, sendo excluídos aqueles que não completaram toda a avaliação ou apresentavam erros de registros e os que apresentaram alteração cognitiva segundo o Mine exame do estado mental. Foram analisados os dados referentes as características socioeconômicas e demográficas (idade, sexo, escolaridade, renda salarial e participação em grupos de terceira idade); dados referentes à saúde (número de doenças associadas, prática de atividade física, percepção de saúde e histórico de quedas) e à avaliação da qualidade de vida, mensurada pelo Whoqol-bref. Para elucidar a influência das diversas variáveis sobre os domínios do Whoqol-bref realizaram-se análises de regressão linear multivariada.
RESULTADOS: A amostra final foi de 66 idosos (70,28 ±9,2), com predomínio do sexo feminino 54 (81,8%). As médias dos quatro domínios foram semelhantes, com superioridade para o psicológico. Houve associação significativa entre o escore total do Whoqol e boa percepção de saúde (p<0,01) e escolaridade (p<0,06); entre o domínio ambiental e repercussão funcional pós queda (p<0,01) e escolaridade (p=0,04); entre o domínio físico e boa percepção de saúde (p<0,01), número de doenças (p=0,03) e prática de atividade física (p=0,02); entre o domínio psicológico e boa percepção de saúde (p<0,01) e escolaridade (p=0,04).
CONCLUSÃO: A qualidade de vida dos participantes apresentou equilíbrio entre os domínios físico, psicológico, social e ambiental, sendo superior no domínio psicológico. Associou-se a fatores como boa percepção de saúde, escolaridade, prática de atividade física, número de doenças associadas e presença de repercussão funcional pós queda.