Bem-estar e comprometimento motor facial em pacientes com paralisia facial periférica: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v10i3.3108Palavras-chave:
Paralisia facial. Perfil de impacto da doença. Nervo facial.Resumo
INTRODUÇÃO: A Paralisia Facial Periférica (PFP) é resultante da disfunção do nervo facial. A incapacidade de mover o rosto tem consequências sociais e funcionais para o paciente. OBJETIVO: Analisar a relação entre comprometimento motor facial e bem estar em pacientes com PFP. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, observacional, do tipo transversal. Os critérios de elegibilidade consistiam em ter diagnóstico de paralisia facial e estar sendo atendido na clínica escola de Fisioterapia da FACISA. A amostra foi constituída por 20 pessoas com PFP. Os pacientes foram avaliados por uma ficha de avaliação sociodemográfica e pelos instrumentos: Escala de House-Brackmann (HB) e o Índice de Incapacidade Facial (IIF).Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para analisar o grau de correlação entre HB, IF e o tempo de lesão. RESULTADOS: Os participantes foram 65% do sexo feminino, a mediana da idade foi de 50,5 anos, o tempo de lesão foi de 3 a 331 dias (mediana 17,5 dias), a etiologia predominante foi idiopática 65%, e ambas hemifaces foram acometidas em igual proporção (50%). Quanto as características clínicas da PFP, o nível de comprometimento motor facial graduado pela escala de HB obteve mediana 4, o IFF-física obteve mediana 60. IFF-função social obteve mediana 38. Nas correlações entre HB, tempo de lesão e IFF, foi observado que os valores obtidos indicaram que não houve correlações estatisticamente significantes. CONCLUSÃO: Mesmo que o nível de comprometimento motor facial esteja acentuado, não houve correlação com o bem-estar dos participantes.