Desempenho físico e qualidade de vida de pacientes hipertensos em um programa de orientação educacional
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i3.2468Palavras-chave:
Hipertensão. Educação. Qualidade de vida. Exercício.Resumo
INTRODUÇÃO: Intervenções educacionais, que incluem aumento no nível de atividade física e controle da hipertensão arterial, podem ser estratégias eficazes e de baixo custo. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de um programa educacional no controle da pressão arterial (PA), desempenho físico e qualidade de vida (QV) de hipertensos. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de intervenção, controlado, não randomizado, com adultos hipertensos, ambos os gêneros, acompanhados ambulatoriamente. O programa multiprofissional constituiu-se de 12 encontros com orientações sobre DCV e mudanças no estilo de vida. Aplicou-se o teste de caminhada dos seis minutos (TC6M), questionários QV Minnesota e Internacional de Atividade Física (IPAQ) e medidas de PA. Utilizou-se os testes t-Student pareado ou de Wilcoxon e ANOVA para medidas repetidas. RESULTADOS: Participaram 20 pacientes, 82% mulheres, 62±11 anos. Houve redução da pressão arterial sistólica (147,0 vs 126,0) e diastólica (85,0 vs 70,0), aumento na distância percorrida (458±83 vs 499±77 p<0,001), redução nos sintomas de fadiga (4±3 vs 2±3 p<0,001) e dispneia (4±2 vs 2±2 p<0,05) aos esforços e referência de maior nível de AF (sedentários 2 vs 0; irregularmente ativos 12 vs 5; ativos 8 vs 11; muito ativos 0 vs 4). Redução na pontuação de todos os domínios na QV foi significante: Físico (14,5±11,7 vs 8,9±9,9 p=0,004); Emocional (8,4±6,5 vs 5,3±6,6 p=0,004); Outros (9,5±8,5 vs 6,6 p<0,001); Total (32,5±25,5 vs 19,7±23,5 p<0,001). CONCLUSÃO: Programas educacionais, envolvendo aumento da atividade física, são eficazes no controle da PA, aumento no desempenho físico e melhora na QV de pacientes hipertensos.