Georreferenciamento e políticas públicas de acesso à fisioterapia na atenção primária na cidade de Parnaíba-PI
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i2.2339Palavras-chave:
Atenção primária á saúde. Fisioterapia. Georreferenciamento.Resumo
INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma política pública construída em um contexto de dimensões políticas, tecnológicas e sociais. Embora muito se tenha avançado no SUS, a ampliação do acesso à fisioterapia na atenção primária ainda é um dos seus grandes desafios. A distribuição espacial dos usuários pode fornecer importantes informações sobre políticas públicas voltadas para atenção primária á saúde. OBJETIVO: Analisar a distribuição espacial de usuários do SUS em busca de tratamento no Serviço Escola de Fisioterapia da Universidade Federal do Piauí (SEF-UFPI). MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva documental, quantitativa e retrospectiva. Pacientes com queixas musculoesqueléticas que buscaram tratamento fisioterapêutico no SEF-UFPI nos anos de 2010 a 2017 foram mapeados por meio de georreferenciamento espacial. RESULTADOS: 1476 prontuários foram identificados em 32 bairros distintos. 63% dos pacientes atendidos foram provenientes dos sete bairros mais próximos do SEF-UFPI. A maioria (n=924) dos pacientes era do sexo feminino, com queixas de dores crônicas nos membros inferiores. A cidade de Parnaíba-PI possui aproximadamente 155.000 habitantes e apenas quatro fisioterapeutas cadastrados como membros do NASF. CONCLUSÃO: O elevado fluxo de pacientes que buscaram atendimento fisioterapêutico é proveniente de áreas cobertas pela estratégia de saúde da família. A ausência de fisioterapeutas nestas equipes indica a necessidade urgente de reformulação das políticas públicas de acesso à reabilitação física na atenção primária.