Neuromodulação não invasiva em crianças com Bexiga Neurogênica: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i2.2282Palavras-chave:
Bexiga urinaria neurogênica. Crianças. Estimulação elétrica nervosa transcutânea.Resumo
INTRODUÇÃO: O tratamento da Bexiga Neurogênica (BN) pode ser feito através do manejo farmacológico e/ou não farmacológico. Dentro do tratamento não farmacológico temos a neuromodulação não invasiva (NMNI) realizada com aplicação de eletrodos transcutâneos que sugere uma modulação nos componentes excitatórios e inibitórios do controle da bexiga. OBJETIVO: Reunir evidencias que avaliem o efeito da NMNI na BN de crianças com disfunções neurológicas. MÉTODOS: Trata-se de um artigo de revisão integrativa que foi elaborada seguindo sete etapas. A busca foi feita nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e ScienceDirect. A escolha dos artigos foi realizada inicialmente por dois avaliadores independentes, obedecendo os critérios de elegibilidade: realizar tratamento para BN utilizando estimulação elétrica não invasiva com objetivo de neuromodulação da via urinária; população amostral composta por crianças com alteração miccional em decorrência de alguma disfunção neurológica e possuir os textos disponíveis na íntegra nas plataformas online de busca, no período de Agosto a Novembro de 2018. Foram incluídos artigos que utilizaram NMNI como tratamento da BN em crianças. RESULTADOS: Foram encontrados 440 artigos e apenas 5 atenderam aos critérios de inclusão. Ao todo, participaram dos estudos 141 crianças com acometimentos neurológicos. Os principais elementos utilizados nas avaliações foram diário miccional, o estudo urodinâmico, a coleta da história clínica e o exame físico. Os parâmetros de estimulação e posicionamento de eletrodos foram variados. CONCLUSÃO: A NMNI apresentou bons resultados no tratamento de crianças com BN e, foi observado também, efeitos positivos no intestino neurogênico, porém, são necessários mais estudos que sugiram protocolos bem delineados para a reprodução na prática clínica.