Baixa adesão terapêutica em hipertensão arterial sistêmica: prevalência e fatores associados na atenção básica à saúde

Autores

  • Larissa Tosta Instituto Médico de Gestão Integrada. Multicentro de Saúde Carlos Gomes. Salvador, Bahia, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-4291-9571
  • Luciana Ricarte Cavalcante
  • João Pedro Azevedo Gonzaga Vieira
  • Yasmin Pitanga Rode
  • Andréa de Araújo Guimarães
  • Luciara Leite Brito
  • Helena Fraga-Maia

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i1.2222

Palavras-chave:

Adesão ao tratamento medicamentoso. Hipertensão Arterial Sistêmica. Atenção Primária à Saúde. Fatores de risco.

Resumo

INTRODUÇÃO: O abandono do tratamento pode ocorrer sem que os profissionais da Atenção Básica identifiquem os motivos para tais condutas concorrendo para o agravamento dos casos. OBJETIVO: Estimar a associação entre fatores sociodemográficos, culturais e de estilo de vida com a adesão terapêutica de hipertensos. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal com usuários hipertensos que usavam medicação para controle dos níveis pressóricos e buscavam atendimento em unidades de atenção básica em um distrito sanitário da cidade do Salvador, Bahia. Foram incluídos os que tinham idade maior que 18 anos e excluídos os que tinham alteração cognitiva e também mulheres com hipertensão gestacional. A magnitude da associação entre as variáveis estudadas e a adesão terapêutica foi estimada pelo cálculo da razão de chances (Odds Ratio, OR), adotando-se o intervalo de confiança a 95% (IC95%). RESULTADOS: A amostra foi composta com 185 hipertensos e a prevalência de não adesão ao tratamento foi de 68,1%. Os fatores associados com a não adesão terapêutica foram situação conjugal solteiro, separado, viúvo (OR= 2,23; IC95% 1,04 – 4,47), não alteração dos hábitos alimentares (OR= 2,51; IC95% 1,12 – 5,59), assim como faltar às consultas (OR=4,20; IC95% 1,16 – 15,18) e entender bem tudo que é dito em uma consulta (OR=0,60; IC95% 0,38 – 0,95). CONCLUSÕES: Grande parte dos hipertensos não apresentou adesão terapêutica, e os fatores associados são passíveis de modificação por meio de tecnologias leves e investimentos na qualidade da atenção primária à saúde. Devem ser encorajados novos estudos com desenhos longitudinais que possam identificar as causas da não adesão.

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Biografia do Autor

  • Larissa Tosta, Instituto Médico de Gestão Integrada. Multicentro de Saúde Carlos Gomes. Salvador, Bahia, Brasil.

    Fisioterapeuta do Instituto Médico de Gestão Integrada. Multicentro de Saúde Carlos Gomes. Salvador, Bahia, Brasil.

  • Luciana Ricarte Cavalcante

    orcid.org/0000-0001-7531-2584. Programa de Residência em Saúde da Família (FESF-SUS/FIOCRUZ). Salvador, Bahia, Brasil.

  • João Pedro Azevedo Gonzaga Vieira
    orcid.org/0000-0003-3854-7522. Universidade do Estado da Bahia
  • Yasmin Pitanga Rode
    orcid.org/0000-0001-8396-7046. Universidade do Estado da Bahia
  • Andréa de Araújo Guimarães
    orcid.org/0000-0002-5275-6761. Universidade do Estado da Bahia
  • Luciara Leite Brito
    orcid.org/0000-0002-9441-0523. Universidade Federal da Bahia
  • Helena Fraga-Maia
    orcid.org/0000-0002-2782-4910. Universidade do Estado da Bahia (Salvador)

Publicado

01.02.2019

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Tosta L, Cavalcante LR, Gonzaga Vieira JPA, Rode YP, Guimarães A de A, Brito LL, et al. Baixa adesão terapêutica em hipertensão arterial sistêmica: prevalência e fatores associados na atenção básica à saúde. Rev Pesq Fisio [Internet]. 1º de fevereiro de 2019 [citado 20º de novembro de 2024];9(1):45-5. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/2222

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