Efeitos da posição prona em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i1.2175Palavras-chave:
Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto. Decúbito ventral. Oxigenação. Mecânica respiratória.Resumo
INTRODUÇÃO: A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é caracterizada por resposta inflamatória da membrana alvéolo capilar a injúrias pulmonares diretas ou indiretas, cursando com redução de complacência e presença de infiltrados pulmonares. Tal condição provoca alterações na mecânica pulmonar e nas trocas gasosas, gerando hipoxemia. OBJETIVO: Revisar sistematicamente ensaios clínicos randomizados que investigaram os efeitos da posição prona e suas repercussões na oxigenação, mecânica respiratória, mortalidade e ocorrência de eventos adversos em pacientes com SDRA. Materiais e MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura, seguindo as recomendações PRISMA. As buscas foram realizadas nas bibliotecas de dados PubMed, BVS, PEDro e SciELO, por dois revisores independentes. Incluído estudos ensaio clínico randomizado que apresentavam intervenção a terapia de posicionamento em prono, que compararam a ventilação na posição prona com a supina. Os desfechos analisados foram oxigenação, mecânica respiratória, mortalidade e ocorrência de eventos adversos, através de análise descritiva. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala PEDro. Foram incluídos os ensaios clínicos randomizados RESULTADOS: Foram analisados 8 artigos, com média 6 na escala PEDro. Os estudos demonstraram resultados positivos na oxigenação, pouca influência na mecânica respiratória, melhora nas taxas de mortalidade e alta prevalência de efeitos adversos, minimizados com a capacitação da equipe. Destaco a variedade metodológica e dos desfechos como limitação da pesquisa. CONCLUSÃO: A posição prona é capaz de promover efeitos benéficos na oxigenação, complacência, mortalidade e queda de eventos adversos em indivíduos com SDRA. Entretanto, destaca-se a necessidade de realização de novos ensaios clínicos sobre o tema, que ofereçam amostras satisfatórias e metodologias semelhantes.