Ajustes cinemáticos do complexo articular do tornozelo sobre diferentes superfícies instáveis
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i3.2035Palavras-chave:
Equilíbrio. Superfícies instáveis. Eletrogoniometria. Tornozelo.Resumo
INTRODUÇÃO: Poucos estudos discutem as reações corporais de indivíduos saudáveis no momento em que os exercícios em superfícies instáveis estão sendo executados, embora os efeitos do treinamento – efeitos crônicos do exercício- sejam bastante estudados. OBJETIVO: Descrever a cinemática articular do tornozelo e retropé durante essa interação. MÉTODOS: Dezoito voluntários participaram do estudo. A posição articular da região do tornozelo foi estudada em três superfícies: Airex® Balance-pad, BOSU® e chão (controle). Para análise estatística, utilizou-se ANOVA e Pós-teste de Tuckey, considerando um nível de significância menor que 0,05. RESULTADOS: A posição articular da região tornozelo no plano sagital foi diferente no BOSU® em relação ao Airex® (p < 0.001) e ao chão (p < 0.001). O tornozelo ficou em posição mais próxima à neutra no AIREX® e no chão. Com o BOSU, a dorsiflexão foi acentuada. Não houve diferença da posição média no no plano frontal. A variabilidade da posição da região do tornozelo foi maior no BOSU® que no Airex® (p < 0.001) e no chão (p < 0.001), tanto no plano sagital, quanto no plano frontal. A frequência média de deslocamento da posição articular na região do tornozelo no plano sagital foi maior no BOSU® que no chão (p < 0.001); e no plano frontal, para o retropé, foi maior no BOSU® que no Airex® (p < 0.001) e chão (p < 0.001). CONCLUSÃO: Houve diferença no comportamento articular da região do tornozelo na condição BOSU® em relação às demais nas superfícies utilizadas, havendo um aumento das oscilações articulares no processo de controle postural em condições mais instáveis e maior dosiflexão no BOSU®.