Aspectos socioeconômicos dos genitores de crianças com microcefalia relacionada ao Zika vírus
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i2.1865Palavras-chave:
Socioeconômico. Microcefalia. Zika. Principal cuidador.Resumo
INTRODUÇÃO: A microcefalia é uma má formação cerebral que não tem cura e é caracterizada por um perímetro cefálico inferior ao esperado para idade e sexo. É relacionada ao Zika Vírus que é transmitido pelo mosquito Aedes e quando contraído nos primeiros meses gestacionais aumentam as chances do feto desenvolver a microcefalia, já que o desenvolvimento cerebral tem início na fase intra-uterina. OBJETIVO: Esta pesquisa tem como objetivo caracterizar o perfil socioeconômico dos responsáveis por criança com diagnóstico de microcefalia relacionado ao Zika vírus. MÉTODOS: Foram entrevistados 41 cuidadores principais das crianças com microcefalia em Salvador e Região Metropolitana de Salvador, através de um questionário contendo 30 perguntas fechadas que abordavam questões familiares, socioeconômicas e sanitárias. RESULTADOS: Observou-se que a maioria dos bebês tinha entre 15-18 meses e tiveram seu diagnóstico em sua maior parte no momento intrauterino. Houve uma frequência elevada de desemprego entre os pais, que relataram sobreviver com até 1 salário mínimo mensal, possuíam ensino médio completo, encontravam-se solteiros ou em união estável e um número significativo citaram condições sanitárias desfavoráveis e negaram usar repelente. De um modo geral, os principais cuidadores relataram que não possuíam residência própria e grande parte levavam as crianças para fazerem atendimentos multiprofissionais tanto em hospitais públicos como em instituições sem fins lucrativos. CONCLUSÃO: Há uma frequência predominante de genitores que dispõem de crianças com microcefalia relacionada ao Zika vírus em baixas condições socioeconômica, que consequentemente não conseguem suprir a maioria das necessidades que um lactente com má formação necessita.