Avaliação da sinergia abdomino-pélvica durante atividades funcionais em mulheres nulíparas: série de caso
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i1.1795Palavras-chave:
Disfunção pélvica. Atividades funcionais. Eletromiografia.Resumo
INTRODUÇÃO: É relevante compreender que as disfunções do assoalho pélvico (DAP) feminino são condições clínicas que acometem um número crescente de mulheres a cada ano, constituindo um problema de saúde pública. DAP podem ter relação com o desequilíbrio entre a sobrecarga tensional dessa musculatura e a diminuição da capacidade desses músculos em suportar o aumento da pressão nessa região, uma vez que essa musculatura deve se contrair durante qualquer atividade que promova o aumento da pressão intra-abdominal favorecendo a manutenção da continência. OBJETIVO: analisar a presença desta sinergia em três voluntárias descrevendo o comportamento da atividade eletromiográfica de músculos localizados no assoalho pélvico e no abdome durante as atividades funcionais: andar, sentar/levantar, segurar peso, agachar, pular e tossir. MATERIAIS E MÉTODOS: Série de três casos, envolvendo voluntárias jovens universitárias nulíparas, sem queixas miccionais. Foi mensurado o registro da atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico e o grupo muscular formado pelo transverso abdominal e oblíquo interno durante as atividades funcionais, utilizando a eletromiografia de superfície. RESULTADOS: O sinal eletromiográfico aumentou em relação ao repouso durante as atividades funcionais de tossir, pular, agachar, sentar/levantar, segurar peso e andar em ambas as musculaturas analisadas. As maiores atividades eletromiográficas foram observadas durante as atividades de pular e agachar, e as menores ao segurar peso, andar e sentar/levantar. CONCLUSÕES: A partir da coleta eletromiográfica dos músculos transverso abdominal/ oblíquo interno e esfíncter anal externo em três voluntárias nulíparas foi possível observar sinergia destas musculaturas durante as atividades funcionais propostas. Estudos que envolvam grupos maiores de voluntárias, são necessários para podermos afirmar as respostas sobre a sinergia entre esses grupos musculares durante as atividades funcionais.