FATORES ASSOCIADOS À HIPERTENSÃO ARTERIAL NÃO CONTROLADA EM PACIENTES ATENDIDOS EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v7i4.1636Palavras-chave:
Hipertensão. Controle. Prevalência. Atenção Primária de Saúde. Doenças cardiovascularesResumo
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica constitui-se como uma das principais causas para o desenvolvimento de afecções cardiovasculares, sendo o controle pressórico a melhor alternativa para sua prevenção. Objetivo: Avaliar a prevalência de Hipertensão Arterial não controlada e seus fatores associados em pacientes atendidos em unidades de atenção primária. Métodos: Estudo transversal com indivíduos em tratamento em Unidades de Saúde do Distrito Sanitário Cabula-Beirú na cidade do Salvador, Bahia, de março a julho de 2013. Análises bivariadas e multivariadas utilizando a regressão logística foram realizadas. A magnitude da associação entre as variáveis analisadas e o não controle pressórico foi estimada pelo cálculo da razão de chances (IC95%) e regressão logística. Os dados foram analisados pelo programa Stata e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia. Resultados: Destes, 159 (53,5%) apresentavam hipertensão arterial não controlada. A baixa escolaridade (OR=1,71; IC95%: 1,02 – 2,86) e renda familiar (OR=4,09; IC95%: 1,03 – 15,21), a cor da pele preta ou parda (OR=2,64; IC95%:0,97 – 6,32) e a obesidade (OR=2,37; IC95%: 1,09 – 5,17) se mostraram associados a falta de controle dos níveis pressóricos. A presença de diabetes concomitante (OR=0,56; IC95%: 0,34 – 0,95) configurou-se como fator de proteção. Conclusão: Os resultados sugerem uma elevada prevalência de hipertensão arterial não controlada e sua associação com fatores sociais, hábitos de vida e patologias concomitantes. O conhecimento destas características pode proporcionar um planejamento mais específico de ações de promoção e prevenção de saúde para esses subgrupos na Atenção Primária à saúde.