ALTERAÇÕES OSTEOMUSCULARES EM TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM UM AMBIENTE HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v3i1.160Palavras-chave:
Técnicos de enfermagem, Sintomas osteomusculares, HospitalResumo
Introdução: As afecções osteomusculares relacionadas ao trabalho são consideradas um problema de saúde pública. Surgem de forma insidiosa e podem progredir, causando incapacidade laboral temporária ou permanente. A equipe de técnicos de enfermagem no ambiente hospitalar é uma população de risco para alterações osteomusculares, tornando-se necessária a avaliação da prevalência destes sintomas. Objetivo: Identificar alterações osteomusculares em técnicos de enfermagem em um ambiente hospitalar. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado com 60 técnicos de enfermagem de um ambiente hospitalar, com uma idade média de 32,8 ± 8,9 anos, e com predomínio do sexo feminino (93,3%). Foram coletados os dados demográficos como idade, altura, peso, gênero, estado civil, local de trabalho, tempo de serviço e jornada de trabalho. O instrumento de avaliação utilizado para identificar a ocorrência de alterações osteomusculares foi o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Resultados: A prevalência de dor em algumas regiões do corpo nos últimos 12 meses foi de 63,3% na região lombar, 56,7% em tornozelos e pés e 51,7% em ombros. Nos últimos 7 dias 38,3% dos indivíduos sentiram dor nos tornozelos e pés e 16,7% faltaram ao trabalho por conta de dor nos joelhos. Os participantes tinha uma média de 4,3 ± 5,9 anos de atuação no serviço. Conclusão: Foi observado uma alta prevalência de sintomas osteomusculares em técnicos de enfermagem, principalmente na região lombar, nos tornozelos, pés e ombros, provavelmente devido a posturas inadequadas e a alta demanda de trabalho.
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