FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESCOLARES EGRESSOS DE UM PROGRAMA MULTIPROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v6i4.1018Palavras-chave:
Educação em Saúde, Escolares, Hipertensão Arterial Sistêmica, Fatores de risco cardiovascularResumo
Objetivo: Descrever a frequência de fatores de risco cardiovascular em escolares egressos de um programa multiprofissional de educação em saúde destinado a adoção de hábitos de vida saudável. Métodos: Realizou-se uma investigação com egressos do projeto “Doutores Mirins: Multiplicadores do Conhecimento”. Foram convidados a participar escolares de 10 a 14 anos que tivessem obtido 75% de frequência no programa. Os dados foram analisados descritivamente. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia (Parecer n. 241.434/2013) e financiado pelo PRO-Saúde/PET-Saúde 2012. Resultados: Observou-se que 65,8% dos escolares eram do sexo feminino e 62,2% tinham idades variando de 12 a 13 anos. Dentre os fatores de risco cardiovascular observados encontravam-se a hipertensão arterial sistêmica (18,9%), o sobrepeso (32,4%), e o sedentarismo (24,3%). O tempo de tela maior que duas horas foi reportado por 75,7% dos entrevistados. O padrão alimentar descrito era, predominantemente, inadequado para 78,0% deles, com baixo consumo de saladas, frutas e verduras e elevada ingesta de alimentos ricos em açúcar, sódio e lipídios. Quanto aos pais, observou-se a escolaridade era baixa, assim como a renda familiar. Detectou-se ainda que grande parte dos genitores cursavam com Hipertensão Arterial Sistêmica (64,9%). Conclusões: Os resultados permitem concluir que fatores ambientais e genéticos configuram um perfil de risco cardiovascular para os escolares justificando a necessidade de intervenções de educação em saúde mais duradouras e que envolvam a família, a escola e as unidades de atenção básica à saúde.