PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDAS PELO SAMU-SALVADOR
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v6i4.1017Palavras-chave:
Traumatismo Craniencefálico, Acidentes, Violência, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMUResumo
Introdução: No Brasil, o trauma aparece como grave problema de saúde, sendo o traumatismo craniencefálico (TCE), o de maior índice de morbimortalidade. Estima-se que o tempo entre a ocorrência do trauma, o diagnóstico e o tratamento adequado seja primordial para a recuperação do paciente, principalmente na primeira hora, chamada de Golden hour. Em Salvador, o SAMU é o serviço responsável por esse atendimento e o monitoramento da frequência de agravos e de fatores associados aos traumas pode contribuir para a efetivação de melhoras no atendimento. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico das ocorrências das vítimas de TCE atendidas pelo SAMU-Salvador e alguns aspectos relativos ao serviço prestado, no período de outubro de 2006 a dezembro de 2010. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo, avaliando-se dados secundários de todos os registros de ocorrência de vítimas de TCE atendidas pelo SAMU, em Salvador-Bahia-Brasil. Resultados: Foram analisados 105 registros de vítimas que na sua maioria eram do sexo masculino (74,3%) e tinham entre 21 a 40 anos (32,1%). Queda foi a principal etiologia dos TCE (36,2%), seguida do atropelamento (19,0%). Os dias de quinta-feira a domingo apresentaram maior frequência de vítimas (71,4%). Observou-se um aumento dos coeficientes de prevalência das causas externas e do TCE ao longo dos anos. Conclusão: O perfil epidemiológico das vítimas de TCE atendidas pelo SAMU-Salvador foi formado principalmente por indivíduos jovens, do sexo masculino e a população economicamente ativa. Os resultados apontam para a necessidade de melhorar o sistema de notificação do SAMU.