Conhecimento de enfermeiras(os) intensivistas sobre ventilação mecânica: análise transversal em hospital público brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.2025.e6414Palavras-chave:
Respiração Artificial, Inquéritos e Questionários, Educação em Enfermagem, Educação Continuada, Conhecimento, Atitudes e Prática em SaúdeResumo
OBJETIVO: Avaliar o conhecimento de enfermeiras(os) intensivistas sobre ventilação mecânica (VM). MÉTODO: Estudo transversal, com enfermeiras(os) assistenciais de unidades de terapia intensiva de um hospital público da Bahia. Para a avaliação, foi utilizado um questionário validado, com onze questões sobre VM, abordando a autonomia em VM, monitorização ventilatória, montagem, cuidados com pneumonia associada à VM e modos ventilatórios básicos. RESULTADOS: Oitenta enfermeiras(os) participaram da pesquisa, na sua maioria (75%) do sexo feminino, idade mediana de 39 (intervalo interquartil [IIQ] 32-44) anos, mediana de 9 (5-11) anos de formação, sendo que 43 (53,8%) afirmaram possuir conhecimento regular sobre o tema. Em relação ao conhecimento sobre VM, a maioria dos participantes (20%; n=16) acertou apenas duas questões. A questão com maior proporção de acertos abordou os modos ventilatórios básicos (65%; n=52), enquanto a que apresentou maior número de erros foi relacionada ao mecanismo de disparo da VM (87,5%; n=70). Chama a atenção que 70% erraram a questão sobre a autonomia da VM, referindo-a como de propriedade médica ou fisioterapêutica. CONCLUSÃO: Há fragilidade no conhecimento de enfermeiras(os) intensivistas acerca da VM, independentemente do tempo de atuação em UTI, do tempo de graduação, do autorrelato de conhecimento e da frequência de treinamento.
Downloads
Referências
1. Hickey SM, Sankari A, Giwa AO. Mechanical Ventilation. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024. Cited: PMID: 30969564
2. Ferreira JC, Vianna AOA, Pinheiro BV, Maia IS, Baldisserotto SV, Isola AM, et al. Joint statement on evidence-based practices in mechanical ventilation: suggestions from two Brazilian medical societies. Critical Care Science. 2025;37:e20250242en. https://doi.org/10.62675/2965-2774.20250242-en
3. Society of Critical Care Medicine. Critical Care Statistics. [Internet]. 2024. Available from: https://sccm.org/communications/critical-care-statistics
4. Su L, Pan P, Liu D, Long Y. Mean airway pressure has the potential to become the core pressure indicator of mechanical ventilation: Raising to the front from behind the clinical scenes. J Intensive Med. 2021;1(2):96–8. https://doi.org/10.1016/j.jointm.2021.04.002
5. Kohbodi G, Rajasurya V, Noor A. Ventilator-Associated Pneumonia. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024. Cited: PMID: 29939533
6. Resolução COFEN nº 639, de 06 de maio de 2020 (Brazil). Dispõe sobre as competências do Enfermeiro no cuidado aos pacientes em ventilação mecânica no ambiente extra e intra-hospitalar. [Internet]. Diário Oficial da União. 2020. Available from: https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-639-2020/
7. Resolução RDC nº 7, de 24 de fevereiro de 2010 (Brazil). Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. [Internet]. Diário Oficial da União. 2010. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.html
8. Bucci AF, Misko MD, Duran ECM, Boaventura AP. Conhecimento do enfermeiro de unidade de terapia intensiva sobre ventilação mecânica: estudo exploratório-descritivo. Revista Recien. 2021;11(35):287–96. https://doi.org/10.24276/rrecien2021.11.35.287-296
9. Santos TR, Carvalho JFO, Pereira MWM, Queiroz SS, Marques FS, Deus JC. Atuação do enfermeiro frente ao paciente submetido à ventilação mecânica na emergência. Nursing [Internet]. 2022:7340–51. Available from: https://www.revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2320
10. Von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbrouckef JP. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) Statement: Guidelines for reporting observational studies. J Clin Epidemiol. 2007;61(4):867–72. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2007.11.008
11. Menezes CS, Duarte HB, Nascimento MVA, Santana Júnior FA, Borges DVP, Brandão PC, et al. Validação de conteúdo por juízes sobre o conhecimento de enfermeiras(os) sobre ventilação mecânica. Rev Enf Contemp. 2024;13:e5710. https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.2024.e5710
12. Demir S. Comparison of Normality Tests in Terms of Sample Sizes under Different Skewness and Kurtosis Coefficients. IJATE. 2022;9(2):397–409. https://doi.org/10.21449/ijate.1101295
13. Rodrigues YCSJ, Studart RMB, Andrade ÍRC, Citó MCO, Melo EM, Barbosa IV. Mechanic ventilation: evidence for nursing care. Esc. Anna Nery. 2012;16(4):789–95. https://doi.org/10.1590/S1414-81452012000400021
14. Saritas S, Kaya A, Dolanbay N. Knowledge and practices of intensive care nurses on mechanical ventilation. IJCS [Internet]. 2019;12(1):30–9. Available from: https://www.proquest.com/openview/29d26545b206fae4fea5d13fe869106d/1?pq-origsite=gscholar&cbl=1606338
15. Ramirez-Damilig J. Knowledge, Perceptions, and Attitudes of Critical Care Nurses Towards the Comprehensive Unit-Based Safety Program for Mechanically Ventilated Patients in Preventing Ventilator-Associated Events [dissertation] [Internet]. Arizona: The University of Arizona; 2017. Available from: https://repository.arizona.edu/bitstream/handle/10150/626315/azu_etd_15911_sip1_m.pdf?sequence=1&isAllowed=y
16. Colombage TD, Goonewardena CS. Knowledge and practices of nurses caring for patients with endotracheal tube admitted to intensive care units in National Hospital of Sri Lanka. Sri Lankan J Anaesthesiol. 2020;28(2):94–100. https://doi.org/10.4038/slja.v28i2.8541
17. Gomes MFS, Galindo Neto NM. Componente curricular de terapia intensiva nas matrizes curriculares das graduações de enfermagem no Brasil [undergraduate dissertation] [Internet]. Pesqueira (PE): Instituto Federal de Pernambuco; 2022. Available from: https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/809
18. Gerônimo CAO, Gomes MFS, Muniz MLC, Rocha LS, Santos MSTG, Galindo Neto NM. Especialização latu sensu de enfermagem em terapia intensiva no Brasil. Saúde Coletiva. 2021;11(68):7279–88. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i68p7279-7288
19. Viana RAPP, Vargas MAO, Carmagnani MIS, Tanaka LH, Luz KR, Schmitt PH. Perfil do enfermeiro de terapia intensiva em diferentes regiões do Brasil. Texto Contexto Enferm. 2014;23(1):151–9. https://doi.org/10.1590/S0104-07072014000100018
20. Sade PMC, Peres AM, Zago DPL, Matsuda LM, Wolff LDG, Bernardino E. Avaliação dos efeitos da educação permanente para enfermagem em uma organização hospitalar. Acta Paul Enferm. 2020;33. http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2020AO0023
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Camilla de Souza Menezes, Helder Brito Duarte, Waleska Náyra da Silva Reis, Rafael Lima Rodrigues de Carvalho, Paloma de Castro Brandão, Alyne Henri Motta Coifman, Mariana de Almeida Moraes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
