Depressão pós-natal em puérperas na Atenção Primária à Saúde
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.2025.e6121Palavras-chave:
Depressão Pós-Parto, Período Pós-Parto, Atenção Primária a SaúdeResumo
OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de depressão pós-natal em puérperas durante as consultas realizadas na atenção primária à saúde. METODOLOGIA: Estudo descritivo-transversal realizado em 2024 com puérperas cadastradas nas duas Unidades Básicas de Saúde no município de Marituba, no Pará. Aplicaram-se questionários obstétricos e socioeconômicos e a Escala de Depressão Pós-Parto de Edinburgh (EPDS), com análise descritiva das respostas, utilizando o software Microsoft Excel. RESULTADOS: Participaram 34 puérperas; a maioria das participantes tinha entre 24 e 29 anos (47%), possuía ensino médio incompleto (38%), tinha apenas um filho (47%) e não apresentou abortamentos (65%). No pré-natal, 58% realizaram entre 4 e 9 consultas e 64% cuidavam sozinhas do bebê; 97% nunca usaram medicação para depressão. Os escores da EPDS variaram de 5 a 24, sendo que 58% (n = 20) apresentaram escore ≥12, indicando risco para depressão pós-parto. Apesar de 100% relatarem capacidade para rir e achar graça das coisas, os sintomas negativos foram expressivos, incluindo culpa sem motivo (100%), sensação de estar esmagada pelas tarefas diárias (100%), ansiedade (80%), medo ou pânico sem razão aparente (90%) e pensamentos sobre autolesão (60%). Sintomas mais graves, como choro frequente, foram menos comuns. CONCLUSÃO: Os resultados indicam predominância de sintomas relacionados à ansiedade, sobrecarga e sentimentos negativos, evidenciando também uma parcela significativa de mulheres com risco potencial de autolesão. Esses achados reforçam a importância da triagem sistemática da depressão pós-parto e da capacitação das equipes multiprofissionais para a identificação precoce e intervenção adequada.
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