PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES DE SANGUE INAPTOS POR SÍFILIS
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v6i1.1108Palavras-chave:
Sífilis, doador reativo, epidemiologiaResumo
Os objetivos desta pesquisa foram estimar a prevalência de doadores de sangue reativos para sífilis e descrever o perfil epidemiológico, analisando as frequências de acordo com as variáveis sexo, faixa etária, estado civil, município de residência e tipo de doação, no HEMOLAGOS/RJ, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter exploratório a partir dos dados registrados no Sistema de Informação HemotePlus. Neste período foram recebidos 15.461 candidatos à doação de sangue. Destes, 250 (2,13%) apresentaram resultado sorológico reativo para sífilis. Observou-se um decréscimo de aproximadamente 25,3% de doadores com amostras de sangue reativas para a sífilis ao longo dos anos do estudo. A maior frequência de doadores inaptos para sífilis ocorreu no sexo masculino (68,4%). A média de idade da população de doadores inaptos foi de 41,52 anos e desvio padrão de 12,9 anos. Dos doadores inaptos para sífilis, 96,0% residiam nos municípios que compõem a Região dos Lagos. As doações do tipo reposição apresentaram o maior percentual de doadores inaptos (68,8%). Os resultados apontam para um perfil geral da população doadora do Hemolagos/RJ com amostras reativas para a sífilis, destacando a necessidade de um trabalho de captação com os candidatos à doação e a importância de um acolhimento ao doador reativo. Ressalta-se também a necessidade de implementar outros processos de identificação e tratamento da doença na população, bem como a necessidade de avaliar a eficácia dos programas voltados para as DST.