VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASIL

Autores

  • Luciana Pereira Barboza Universidade Fderal do Recôncavo da Bahia
  • Alessivânia Mota

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v5i1.847

Palavras-chave:

Violência, Parto, Parto humanizado

Resumo

Esse texto teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as práticas de violência obstétrica que ocorrem nas maternidades no momento do parto, suas implicações no bem-estar subjetivo das mulheres e as relações sociais que estruturam estas práticas. Realizou-se uma busca dos artigos relacionados ao tema nas bases de dados eletrônico Lilacs e Scielo, que foram agrupados em três grandes temas centrais. Na primeira parte do texto analisou-se a base histórica e social relacionada ao desenvolvimento desta violência, destacando as relações de poder e dominação da medicina e do machismo na estruturação dessas práticas assistenciais. A medicina, através da patologização do parto e sua consequente medicalização, assume o controle deste processo e objetifica a mulher, que perde a autonomia sobre teu corpo e sofre agressões físicas, psicológicas e sexuais nas maternidades, e ao invés de cuidado é desenvolvido relações de opressão nestas instituições. Na segunda parte identificou-se e foi descrito como as várias formas de violência são reproduzidas nas rotinas dos serviços de saúde e naturalizadas nos fluxos assistenciais, abordando as falas de mulheres que vivenciaram essas agressões e o sofrimento desencadeado por estas práticas. Na terceira parte abordou-se a política de humanização do parto que está sendo estimuladas pelo Ministério da Saúde desde 2000 com a Política Nacional de Humanização do Parto, e foram analisados os avanços da proposta enquanto possibilidade de modificação das relações de opressão que ocorrem no momento do parto e fortalecimento do protagonismo das mulheres.

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Biografia do Autor

  • Luciana Pereira Barboza, Universidade Fderal do Recôncavo da Bahia
    Médica de Família e Comunidade, especialização em andamento em Saúde Mental pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
  • Alessivânia Mota
    Graduação em Serviço Social - Universidade Católica do Salvador. Mestre em Psicologia Social e do Trabalho - UFBA. Especialista em Saúde Coletiva - Instituto de Saúde Coletiva/UFBA. Clínica das Toxicomanias - CETAD/UFBA e Grupos Operativos - Centro Interdisciplinar de Estudos Grupais Enrique Pichon Riviére. Professora da Faculdade Regional da Bahia - UNIRB. Professora do Curso de Pós Graduação em Psicologia Social de Fundamentação Pichoniana - Grupos Operativos e docente convidada dos cursos de Especialização em Enfermagem do Trabalho e Saúde Mental na Atenção Básica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

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Publicado

18.05.2016

Edição

Seção

Estudos Teóricos

Como Citar

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASIL. (2016). Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 5(1). https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v5i1.847

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