Saúde ocupacional dos trabalhadores no contexto das organizações: estresse percebido e estresse avaliado
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.e4593Palavras-chave:
Estresse ocupacional, Contexto organizacional, Saúde do trabalhadorResumo
INTRODUÇÃO: Dentre as formas de acometimento do estresse encontra-se o estresse ocupacional, vinculado especificamente ao trabalho. Sabe-se que determinadas amostras da população estão mais propensas a apresentarem este adoecimento, seja pela alta carga de trabalho ou pela pressão psicológica existente na empresa. Além de apresentarem adoecimento no trabalho, há relatos de casos de intenção de desistência da carreira e brigas no âmbito ocupacional em decorrência da alta pressão por resultados e pouca valorização do trabalho realizado. OBJETIVO: Com base em tais dados, o presente trabalho teve por objetivo investigar o acometimento de estresse e a saúde ocupacional dos trabalhadores em contextos organizacionais distintos, avaliando o estresse percebido pelos eles e o estresse avaliado por meio de um instrumento que mensurasse esses níveis. MATERIAIS E MÉTODOS: Além de pesquisa bibliográfica, o estudo contou com aplicação de dois instrumentos de coleta de dados, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos Lipp (ISSL) e uma ficha de questões, os quais foram respondidos por 38 indivíduos, efetivados em diferentes empresas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados foram tabulados e devidamente analisados pela metodologia proposta, demonstrando que na percepção própria dos entrevistados a variação acerca do estresse foi grande, porém após a aplicação do ISSL, obteve-se como resultados que mais de 50% da amostra total se encontravam com estresse e na fase de Resistência, evidenciando dessa forma, a necessidade de maior suporte aos funcionários de empresas. Assim, o presente trabalho pode contribuir para a ampliação da discussão prática desse tema, além de proporcionar maior conhecimento sobre a relevância da temática, apontando que o estresse está mais presente nos trabalhadores do que se supõe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Maiores estudos na área, especificando as empresas e estratégias utilizadas ou não são fundamentais para promover maior qualidade de vida e saúde aos trabalhadores.
Downloads
Referências
Camargo, V. C. V., Calais, S. L., & Sartori, M. M. P. (2015). Estresse, depressão e percepção de suporte familiar em estudantes de educação profissionalizante [Estrés, depresión y percepción del apoyo familiar en estudiantes de formación professional]. Estudos de Psicologia, 32(4), 595–604. https://doi.org/10.1590/0103-166X2015000400003
Deguchi, Y., Iwasaki, S., Konishi, A., Ishimoto, H., Ogawa, K., Fukuda, Y., Nitta, T., & Inoue, K. (2016). The Usefulness of Assessing and Identifying Workers’ Temperaments and Their Effects on Occupational Stress in the Workplace [La utilidad de evaluar e identificar los temperamentos de los trabajadores y sus efectos sobre el estrés laboral en el lugar de trabajo]. PLOS ONE, 11(5), e0156339. https://doi.org/10.1371%2Fjournal.pone.0156339
Farah, B. Q., Barros, M. V. G. D., Farias Júnior, J. C. D., Ritti-Dias, R. M., Lima, R. A., Barbosa, J. P. D. A. S., & Nahas, M. V. (2013). Percepção de estresse: associação com a prática de atividades físicas no lazer e comportamentos sedentários em trabalhadores da indústria [Percepción del estrés: asociación con la actividad física en el tiempo libre y el comportamiento sedentario en trabajadores industriales]. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 27, 225-234.
Gomes, M. R., Araújo, T. M., Soares, J. F. S., Sousa, C. C., & Lua, I. (2021). Estressores ocupacionais e acidentes de trabalho entre trabalhadores da saúde [Estresores ocupacionales y accidentes de trabajo entre trabajadores de la salud]. Revista de Saúde Pública, 55. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055002938
Goulart Junior, E., Cardoso, H. F., Domingues, L. C., & Lima, T. R. (2014). Trabalho e estresse: identificação do estresse e dos estressores ocupacionais em trabalhadores de uma unidade administrativa de uma Instituição Pública de Ensino Superior (IES) [Trabajo y estrés: identificación de estrés y estresores ocupacionales en trabajadores de una unidad administrativa de una Institución Pública de Educación Superior (IES)]. Revista Gestão Universitária na América Latina - GUAL, 7(1), 01–17. https://doi.org/10.5007/1983-4535.2014v7n1p1
Hirschle, A. L. T., & Gondim, S. M. G. (2020). Estresse e bem-estar no trabalho: uma revisão de literatura [Estrés y bienestar en el trabajo: una revisión de la literatura]. Ciência & Saúde Coletiva, 25(7), 2721–2736. https://doi.org/10.1590/1413-81232020257.27902017
Laville, C., & Dionne, J. (1999). A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas [La construcción del conocimiento: Manual de metodología de la investigación en ciencias humanas]. (H. Monteiro e F. Settineri, Trads). Artes Médicas. (Texto original publicado em 1997).
Lipp, M. E. N. (2000). Inventário de sintomas de stress para adultos. [Inventario de síntomas de estrés para adultos.] Casa do Psicólogo.
Lipp, M. E. N. (Org.). (2001). Pesquisas sobre stress no Brasil: Saúde, ocupações e grupos de risco [Investigaciones sobre estrés en Brasil: Salud, ocupaciones y grupos de riesgo]. Papirus
Lipp, M. E. N. (2003). Modelo Quadrifásico do Stress [Modelo de tensión de cuatro fases]. In M. E. N. Lipp (Ed). Mecanismos Neuropsicofisiológicos do Stress: teoria e aplicações clínicas [Mecanismos neuropsicofisiológicos del estrés: teoría y aplicaciones clínicas]. Casa do Psicólogo.
Lipp, M. E. N. (2005). Stress no trabalho: Implicações para a pessoa e para a empresa. [Estrés en el trabajo: Implicaciones para la persona y para la empresa]. In F. P. N. Sobrinho, & I. Nassaralla. Pedagogia Institucional: Fatores humanos nas organizações [Pedagogía Institucional: Factores humanos en las organizaciones]. Zit Editora.
Maffia, L. N., & Pereira, L. Z. (2014). Estresse no trabalho: estudo com gestores públicos no Estado de Minas Gerais [Estrés en el trabajo: estudio con gestores públicos del Estado de Minas Gerais]. Revista Eletrônica de Administração, 79(3), 658–680. https://doi.org/10.1590/1413-2311.0052014.47163
Munhoz, O. L., Arrial, T. S., Barlem, E. L. D., Dalmolin, G. L., Andolhe, R., & Magnago, T. S. B. S. (2020). Estresse ocupacional e burnout em profissionais de saúde de unidades de perioperatório [Estrés laboral y burnout em profesionales de la salud de unidades de perioperatorio]. Acta Paulista de Enfermagem, 33, eAPE20190261. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2020AO0261
Pereira, A. C. L., Souza, H. A., Lucca, S. R., & Iguti, A. M. (2020). Fatores de riscos psicossociais no trabalho: limitações para uma abordagem integral da saúde mental relacionada ao trabalho [Factores de riesgo psicosocial en el trabajo: limitaciones para un abordaje integral de la salud mental relacionada con el trabajo]. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 45, e18. https://doi.org/10.1590/2317-6369000035118
Pie, A. C. S., Fernandes, R. C. P., Carvalho, F. M., & Porto, L. A. (2020). Fatores associados ao presenteísmo em trabalhadores da indústria [Factores asociados al presentismo en trabajadores industriales]. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 45, e13. https://doi.org/10.1590/2317-6369000003118
Rueda, F. J. M., Baptista, M. N., Cardoso, H. F., & Raad, A. J. (2013). Psicologia Organizacional: Associação entre qualidade de vida e clima organizacional [Psicología Organizacional: Asociación entre calidad de vida y clima organizacional]. Encontro Revista de Psicologia, 16(24), 69–82. https://revista.pgsskroton.com/index.php/renc/article/view/2456
Sadir, M. A., Bignotto, M. M., & Lipp, M. E. N. (2010). Stress e qualidade de vida: influência de algumas variáveis pessoais [Estrés y calidad de vida: influencia de algunas variables personales]. Paidéia, 20(45), 73–81. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000100010
Savic, I., Perski, A., & Osika, W. (2018). MRI Shows that Exhaustion Syndrome Due to Chronic Occupational Stress is Associated with Partially Reversible Cerebral Changes [La resonancia magnética muestra que el síndrome de agotamiento debido al estrés laboral crónico está asociado con cambios cerebrales parcialmente reversible]. Cerebral Cortex, 28(3), 894–906. https://doi.org/10.1093/cercor/bhw413
Selye, H. (1956). The stress of life. [El estrés de la vida]. McGraw-Hill.
Souza, M. B. C. A., Helal, D. H., & Paiva, K. C. M. (2019). Análise descritiva das dimensões do burnout: um estudo com jovens trabalhadores [Análisis descriptivo de las dimensiones del burnout: un estudio con trabajadores jóvenes]. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(4), 817–827. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1778
Torres, A. R. A., Chagas, M. I. O., Moreira, A. C. A., Barreto, I. C. H. C., & Rodrigues, E. M. (2011). O adoecimento no trabalho: repercussões na vida do trabalhador e de sua família [Enfermedad en el trabajo: repercusiones en la vida del trabajador y su família]. SANARE - Revista de Políticas Públicas, 10(1), 42–48. https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/142
Trebien, V. M., Trindade, L. L., Amestoy, S. C., Corralo, V., Zocche, D. A., & Bordignon, M. (2021). Mulheres na gestão do ensino superior: adoecimento e estratégias de enfrentamento das demandas do trabalho [Mujeres en la gestión de la educación superior: enfermedades y estrategias de afrontamiento de las demandas laborales]. Saúde e Sociedade, 30(4), e200048. https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200048
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Marina Cristina Zotesso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta obra tiene una licencia de Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.