Mulheres negras e Necropolítica: como enfrentam a morte de seus filhos?

Autores

  • Leticia Gomes Souza Escola Bahiana de medicina e saúde pública
  • Marilda Castelar Professora Adjunta do Mestrado em Tecnologias em Saúde e do Mestrado Profissional em Psicologia e Intervenções em Saúde da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Karine de Souza Oliveira Santana Professora de Saúde Coletiva na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Verena Souza Souto Professora Adjunta do Centro Universitário UNIFTC/SSA

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v9i3.3096

Palavras-chave:

Racismo. Necropolítica. Mulheres negras. Genocídio. Mães.

Resumo

INTRODUÇÃO: A morte de jovens negros é o principal resultado da violência urbana. Quando esses jovens morrem deixam os seus familiares, principalmente as mães negras, em um contexto de sofrimento causado por essa perda. Nesse contexto, as mulheres negras desenvolvem formas de enfrentamento para lidar com a dor. OBJETIVO: Analisar formas de enfrentamento de mulheres negras diante do assassinato de seus filhos na capital baiana. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo documental, realizada em sites que publicaram relatos dessas mulheres entre 2014 a 2019.  Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo, com fundamento em Minayo. Para a realização da pesquisa, fez-se o uso de documentos públicos e de acesso livre. RESULTADOS: Foram mapeados oito relatos de mães negras, sendo sete oriundos de jornais online e um em blog. Seus relatos revelam muito sofrimento psíquico, e desvelam contextos marcados por racismo, violências e violação de direitos. Nesse cenário emergiram algumas formas de enfrentamentos como a religiosidade, a busca por justiça e a percepção das mães negras diante do racismo. CONSIDERAÇÕES:  Foi possível conhecer a caminhada dessas mulheres que foram atravessadas pela violência e que a partir disso construíram formas de enfrentamento e cuidado. Os resultados apontam para maior necessidade de pesquisas que investiguem mais sobre esse sofrimento e seus desdobramentos na saúde mental dessas mães.

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Biografia do Autor

  • Leticia Gomes Souza, Escola Bahiana de medicina e saúde pública
    Bacharela em saúde coletiva pela UFBA e graduanda em psicologia pela EBMSP
  • Marilda Castelar, Professora Adjunta do Mestrado em Tecnologias em Saúde e do Mestrado Profissional em Psicologia e Intervenções em Saúde da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

    Psicóloga, Doutora em Psicologia Social e Professora Adjunta do Mestrado em Tecnologias em Saúde e do Mestrado Profissional em Psicologia e Intervenções em Saúde da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

  • Karine de Souza Oliveira Santana, Professora de Saúde Coletiva na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

    Doutoranda em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia e professora de Saúde Coletiva na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

  • Verena Souza Souto, Professora Adjunta do Centro Universitário UNIFTC/SSA

    Mestra em Tecnologias em Saúde pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e professora Adjunta do Centro Universitário UNIFTC/SSA

Publicado

26.11.2020

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Mulheres negras e Necropolítica: como enfrentam a morte de seus filhos?. (2020). Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 9(3), 301-313. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v9i3.3096

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